ESCOLA
ESTADUAL INDÍGENA PROFESSOR EDNILSON LIMA CAVALCANTE
LÍNGUA PORTUGUESA
INTRODUÇÃO
As relações estabelecidas entre escola e
a sociedade, entre a linguagem e a escola se baseiam no processo de interação
(ação entre) entre os indivíduos. Nesses processos de interação, o homem age e
produz discursos orais e escritos. O conjunto de discursos é trabalho social e
histórico, quer dizer, a língua é uma forma de trabalho.
A linguagem assim concebida, como forma
de ação inter-individual claramente orientada, interação que proporciona aos
indivíduos a prática de diversos atos exige: comportamentos, reações, vínculos
e compromissos que antes não existiam.
Em situação de interação social, a
conversa ou conversação – falar e ouvir/ouvir e falar – é a forma interativa,
concreta, inseparável do contexto e do cotidiano. Nesse sentido, fala são as
palavras articuladas, interligadas de forma coerente, consistente, permitindo o
diálogo, as intervenções, possibilitando fazer e refazer pensamentos e
intervenções, esclarecer dúvidas, discutir pontos de vista, chegar ou não a um
consenso.
Ouvir significa acompanhar o discurso do
outro, entender o que ele diz ou propõe para concordar, discordar, argumentar,
provocar, questionar no momento certo.
Por outro lado, ler é ver, mais que
isso, é enxergar e dar sentido aos signos (sinais, símbolos). E isso começa
fora do indivíduo, porém se realiza dentro dele iniciando pelas suas
referencias, isto é, pelas informações que ele tem adquirido, até então.
Na leitura, o leitor, começando pelos
signos (sinais, símbolos, letras) e volta aos objetos reais, construindo,
mentalmente, aquilo que lê: os olhos vêem os signos, o cérebro os objetos
reais.
Na escrita, aquele que escreve faz o
inverso: o escritor tem todos os referentes – objetos reais, a realidade –
interligados na sua mente consciente. Após organizá-los representa-os sob a
forma de signos (escrita).
A linguagem oral e escrita é, portanto,
o resultado da interação entre as pessoas. Ela está continuamente se
modificando, se transformando, evoluindo, vindo a ser. Não é algo pronto e
acabado, mas em permanente construção juntamente com o homem e a sociedade.
As habilidades de falar, ouvir, ler e
escrever, isto é de produzir textos orais e escritos deve ser uma das mais
importante e séria preocupação da
escola.
·
OBJETIVOS
O aluno indígena deve se tornar capaz de:
1-
Compreender que o uso de linguagem verbal (isto
é, da fala) é um meio de comunicação e de manifestação dos pensamentos e
sentimentos das pessoas e de todos os povos.
2-
Reconhecer e valorizar a variedade lingüística
existente no nosso país.
3-
Reconhecer a Língua Portuguesa como língua
oficial do Brasil, valorizando sua variedade dialetal no país e no mundo.
4-
Usar a Língua Portuguesa para expressar-se
oralmente, de forma eficiente e adequada à diferentes situações e contextos
comunicativos.
5-
Ser leitor e escritor competente na Língua
Portuguesa onde essas competências forem julgadas necessárias e importantes.
3ª
SÉRIE
LINGUAGEM ORAL
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS.
Anúncios, folhetos e cartazes
Textos de jornais e revistas
Poemas, contos, histórias em quadrinhos
Dicionários, enciclopédias, antologias, materiais didáticos e
paradidáticos
|
Listas
Instruções
Formulários e questionários
Relatórios, cartas e recados
ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A
LÍNGUA
|
LINGUAGEM ORAL
·
Relatar experiências individuais e coletivas.
·
Descrever fatos acontecidos, com pessoas e em
lugares visitados ou conhecidos, com plantas existentes na comunidade,
animais que conhece ou que existem em determinados locais, etc.
·
Contar histórias lidas e ouvidas de adultos e
de anciãos da comunidade e compreendê-las.
·
Conversar sobre assuntos importantes ou
triviais com adultos e pessoas de sua idade.
·
Debater sobre alguns temas com argumentações e
representá-los através de dramatizações.
·
Intervir em situações comunicativas com
perguntas e opiniões.
·
Explicar conceitos, idéias e pensamentos com
suas próprias palavras.
·
Produzir coletivamente texto oral, obedecendo
aos critérios de seqüência.
·
Apresentar argumentações coerentes para
convidar, aceitar e recusar um convite
·
Representar verbalmente, sentimento e
sensações: alegria, tristeza, raiva, dor, etc.
·
Apresentar entendimento em saber solicitar e
dar esclarecimentos.
·
Conhecer o momento certo de dar e receber
informações, compreendendo ainda as instruções.
·
Ler qualquer texto em voz alta, utilizando a
tonalidade correta.
·
Compreender e praticar a interação social
adequadamente, como:
- apresentando-se e/ou apresentando a
alguém, a uma platéia ou a um grupo de pessoas.
- cumprimentando e/ou despedindo-se de
alguém, de uma platéia e de um grupo
de pessoas.
- dando e pedindo informações: endereço,
situação familiar, pessoais etc.
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS
Dicionários, enciclopédias, antologias, materiais didáticos e
para-didáticos.
Listas
|
Instruções
Formulários, questionários e entrevistas
Anúncios, folhetos e
cartazes
Textos de jornais e revistas
Poemas, contos, histórias em quadrinhos
ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA
|
ARTE INDÍGENA
O estudo em arte proporciona o
desenvolvimento do pensamento artístico; por meio dele o aluno amplia a
sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte é fazer
trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. Requer também conhecer,
apreciar e refletir formas da natureza e sobre tudo sobre as produções
artísticas individuais e coletivas de diferentes culturas e épocas.
Para a
arte, o principal recurso e instrumento de pesquisa são os fenômenos
internos do ser humano, isso é: a emoção, a expressividade, a criatividade, a
afetividade etc. É a partir da própria vivencia e da apreciação do objeto artístico que se realiza a arte,
daí então, que seu objetivo vem de
dentro do ser humano e não do seu exterior, como é o caso das outras
disciplinas.
Para os alguns povos indígenas, as imagens, a
música, a dança, ainda podem ser os principais meios de expressão e comunicação
de idéias e conhecimentos. Nesse caso, compreender a arte como uma forma de
expressão, permite trabalhar melhor as diferenças ajudando o aluno tanto nas
relações pessoais de contato, como na valorização das produções de sua própria
cultura.
Em outras palavras se diz que, a arte na
escola indígena, ao ser estudada e experimentada, permite compreender a relação
entre o particular e o universal, as semelhanças e diferenças entre tantos
povos de épocas e lugares distintos,
tornando possível reconhecer
aspectos que formam a identidade de um país, de uma região, de um povo, de um
grupo social e de pessoas individualmente.
1. OBJETIVO
- Expressar-se artisticamente nas várias linguagens,
cênica (teatro), visuais (pintura, desenho, fotografia, etc), sinestésica
(dança) e musical.
- Entender a arte como uma forma de expressão e
comunicação presentes em todos os
povos de todos os tempos e lugares.
- Reconhecer a importância da arte como patrimônio
cultural e elemento formador da identidade cultural.
- Desenvolver a imaginação, a percepção, a reflexão, a
intuição, a fantasia, a observação, a sensibilidade e demais
potencialidades necessárias à produção e apreciação da arte e construção
de outros conhecimentos.
- Valorizar as diferentes expressões artísticas de sua
sociedade e o conhecimentos de seus produtores.
- Reconhecer aspectos que diferenciam a arte de sua cultura frente a outras culturas,
indígenas ou não.
- Registrar, conservar e divulgar as produções artísticas
de sua comunidade/sociedade/povo e de outros.
- Organizar informações e utilizar recursos, materiais,
técnicas procedimentos variados e criativos de apreciação.
2. CONTEÚDOS - 1ª A
4ª SÉRIE
1- Arte, expressão e
conhecimento
·
documentação das diferentes expressões
artísticas e culturais da sua
comunidade tais como; danças, músicas, desenhos, pinturas corporais.
·
identificação e registro das pessoas e objetos
confeccionado na família, comunidade,região, estado e de cada povo que
desenvolvem atividades artísticas.
2- As técnicas de confecção de
objetos
·
conhecimento de técnicas e materiais
utilizados por outros povos indígenas e não indígenas
·
pesquisa e coleta de materiais que se encontram
na natureza como; argila, sementes, pedras, madeiras, cipós, fibras, tabocas etc,
para confecção de diversos materiais.
3- A
importância da música e da dança
·
identificação dos contextos em que se realizam
a música e a dança na sua comunidade
·
conhecimento das relações entre música (vocal
ou instrumental) e a dança
·
apreciação de canções entoadas por
especialistas ou por pessoas da comunidade que têm conhecimentos específicos
e que podem interpretá-las.
·
registro com desenhos, modelagem em argila ou
vídeo de diferentes tipos de danças
dando especial atenção ao aspecto do movimento do corpo (conjunto e parte) e
seu deslocamento no espaço.
·
registro por meio de textos, desenhos,
gravações, vídeos e outros recursos
|
4- As pinturas
corporais e a decoração dos objetos.
·
identificação na comunidade das situações e
momentos em que as pessoas pintam o corpo , como isso é feito e seu
significado.
·
estudo dos diferentes estilos de pintura
corporal e decoração de objetos..
·
pesquisa sobre a história da pintura cultural na
sua comunidade e em outras comunidades.
5- Análise de habitações
·
construção de maquetes da comunidade e das
casa usando argila, barro, madeira, palha e outros materiais.
6- Conhecimento da natureza e a
obtenção das matérias primas
·
expressão e comunicação de comunidades e
concepções relacionadas com a paisagem local e tudo que a compõe: floresta, lavrado, rios, igarapés, céu,
arco-íris, animais etc.
·
compreensão da natureza enquanto patrimônio da
comunidade e sua importância na vida cultural, social e econômica.
·
pesquisas de materiais que se encontram na
natureza.
7- Outras formas de artes e outros
recursos materiais.
·
conhecimento de tantas outras formas de artes
existentes em outros povos
·
compreensão da importância da produção
artística da comunidade no contexto universal da arte.
|
HISTÓRIA
1. INTRODUÇÃO
Durante muito
tempo a sociedade ocidental considerou os povos indígenas como povos sem
história, isso porque não os reconheciam como sujeitos históricos atuantes na
transformação de sua realidade, muito menos valorizavam suas narrativas sobre o
passado, por esse motivo, os estudos na disciplina de história tenderam a
desconsiderar as mudanças históricas que cada sociedade vive com o passar do
tempo, difundindo-se assim a idéia nos manuais didáticos de que o modo de vida
indígena não sofre transformações com o tempo.
Outro ponto
que merece uma reflexão por parte dos educadores da rede de ensino estadual é a
idéia de que a humanidade segue um caminho evolutivo, composto por estágios
sucessivos no tempo. Neste caso os povos com pouco acesso as novas tecnologias
são considerados “primitivos” enquanto os que dominam a escrita da Lingua
Portuguesa e fazem uso freqüente das modernas tecnologias são identificados
como “civilizados”. Essa forma de conceber a história, além de dificultar o
reconhecimento da coexistência da diversidade técnica, gera idéias
estereotipadas a respeito dos povos indígenas do nosso estado, taxando-os como
“menos evoluído”, “atrasados” ou “primitivos”.
Ainda é muito
comum, observarmos nos livros didáticos que são trabalhados nas escolas estaduais
e municipais de nosso estado, textos e imagens que tentam passar a idéia de
extinção inevitável dos povos indígenas. Todavia, desde a década de 70, essa
idéia tem sido negada pelos próprios índios, que devido a opressão que sofreram
no decorrer da história, encontraram em suas organizações uma forma poderosa de
expressão politica e de reivindicação de direito histórico. Com o passar do
tempo, pesquisas antropológicas, de historiadores e outros estudiosos serviram
como subsídios indispensáveis na luta desses povos pelo reconhecimento como
sujeito histórico na construção desse estado.
Nesse
sentido, o estudo de história, dentro das escolas indígenas do estado de
Roraima não pode assumir as mesmas características do ensino nas escolas não
indígenas, uma vez que pode e deve significar para os próprios povos indígenas
a oportunidade de conhecimento cultural e consolidação de identidades,
valorização das suas narrativas históricas, deve ser um momento de estudo das
relações entre cada um desses povos com a sociedade do estado e do país.
É importante
considerar ainda que cada sociedade se organiza de forma diferente, compreende
a história de forma diversa e constroem concepções de tempo que precisam ser
respeitadas, nesse sentido veja o depoimento de um professor indigena Katukina
do Acre “ Eu quero pesquisar sobre o tempo da maloca: Como viviam na maloca?
Como eram casa que moravam? Com que eles se alimentavam? Quem tomava conta
primeiro? Como o chefe vivia com o povo dele? Como que a mulher do chefe fazia
com outras mulheres? Que tamanho era o terreiro? Que tipo de caça que comiam?
Saber o que curava as doenças. Que tipo de doença o pajé curava? Saber o que o
pajé tomava?” (Francisco Teka, Professor Katukina, AC / RCNEI)
2. SUGESTÕES METODOLÓGICAS
GERAIS DE 1ª A 4ª SÉRIE
“Cada historiador escreve as histórias que
são importantes para seu povo. Na história do Brasil que a gente lê nos livros
os índios não são registrados exatamente como eles são. A história que a gente
vê escrita só registra os acontecimentos do povo dos historiadores, dos
brancos, para dizer que são os poderosos. Por isso é muito importante que os
próprios índios continuem a pesquisar e a escrever sobre a história de seus
povos.”(Pianko, professor Ashaninka e Joaquim Maná, professor Kaxinawá,
AC/RCNEI).
Antes de ir
para sala de aula o professor precisa compreender que ele, apesar de ter mais
conhecimento que os alunos, não é ele o único detentor dos conhecimentos
históricos, nesse sentido ele precisa valorizar os conhecimentos Prévios de seus
alunos, para isso ele deve provocar e organizar discussões sobre as informações
que os alunos ja possuem, as novas informações que trazem das pesquisas, as
conclusões tiradas nas confrontações de dados e debates.
Na intenção
de auxiliar os professores em suas atividades no ensino de história,
apresentamos na seqüência algumas sugestões, sem pretender “amarrar” as
possibilidades de metodologias que os professores, queiram desenvolver.
·
A parte histórica do aluno, da família e da sua
comunidade podem ser trabalhados com a presença de quem realmente conhece, em
sala de aula ou fora dela, (pai, mãe, tio, avô, avó), ou o professor pode
convidar um idoso da comunidade que se disponha a relatar suas vivencias e
experiências naquele lugar. Dependendo da série o professor poderá estar
direcionando as atividades a serem desenvolvidas pelo aluno, por exemplo, a um
aluno de primeira série o professor poderá desenvolver pesquisa onde os alunos
possam ouvir os pais para depois contá-las aos colegas e ao professor, desenhar,
dramatizar, em sala de aula. Para um aluno que já domine a escrita essa
pesquisa poderia vir acompanhado de registro, através de produções textuais
diversas, gravações, desenhos, maquetes e gravuras
·
Ao aluno
da 3ª série, onde o professor deverá aprofundar o conceito de história como
ciência o amado mestre deverá levar os alunos a refletirem sobre o que é
história? Qual a relação entre o conhecimento histórico produzido por
estudiosos e a história dos povos indígenas de Roraima? Porque o estudo de história faz parte do currículo de uma escola
indígena? Qual o papel do estudo da história na relação que os alunos
estabelecem com a sua sociedade e com os outros povos do presente e do passado,
refletindo também sobre seus valores e praticas culturais, relacionando-as as
problemáticas históricas de seu grupo, de sua localidade, de sua região e da
sociedade nacional e mundial.
·
Quando estudar a parte de colonização do Rio
Branco é importante que o professor retome os estudos sobre a formação da
própria comunidade para que os alunos possam compreender melhor o significado
de povoamento, ocupação, delimitação de território. Além disso, deverá discutir
e deixar bem claro aos alunos o verdadeiro conceito de colonização e suas
implicações aos povos indígenas de Roraima, Todas as sugestões podem ser
trabalhadas através de estudos dirigidos, leituras em bibliografias
especializadas, debates em sala de aula, mini-seminários, oficinas e outros. É
importante que o professor entenda que o estudo de história nesse período deve
levar o aluno a compreender quais as conseqüências da colonização sobre as
línguas indígenas, educação, religiosidade, terra e território, enfim, precisa
discutir os benefícios e malefícios da chamada “colonização do Rio Branco”.
Objetivos
·
Conhecer os relatos orais sobre a história de
sua família, de sua escola e comunidade, valorizando quem são as pessoas que
conhecem as histórias, como elas foram preservadas e como são repassadas de
geração a geração.
·
Identificar as mudanças no modo de vida do seu
povo, os acontecimentos que interferiram nestas mudanças, caracterizar e nomear
os períodos.
·
Conhecer seu município, suas atividades
econômicas, seu modo de vida, as relações da comunidade com a sede
identificando as semelhanças e diferenças entre ambas.
·
Identificar e refletir criticamente sobre
algumas das relações, do presente e do passado, entre povos indígenas, Estado e
Sociedade Nacional, bem como suas contribuições na formação do povo brasileiro.
·
Conhecer a história dos primeiros contatos do
seu povo com os colonizadores ou com a sociedade nacional e outros momentos que
interferiram na sua história.
4 ANO
|
|
6- O que é história e porque estudá-la
7-
Fatos
e fontes históricas
8-
A
organização administrativa da comunidade indígena
. O cotidiano
. A contagem do tempo
. Formas de trabalho na
comunidade
9-
A
organização da comunidade não indígena
. O município
. A história do município
. O governo do município
10- Os indígenas e a convivência com outros povos
. A cidade
. A relação entre indígena e a sociedade
nacional
. Índios e não índios parcerias
e resistências
. Preservação da cultura:
- os costumes
- as tradições
- as crenças
11- Datas comemorativas da comunidade
|
1- A colonização do rio Branco
. Criação do município de Boa
Vista
. Criação do Território Federal
de Roraima
. Criação do Estado de Roraima
2-
A
sociedade de Roraima
. Os imigrantes
. A população urbana
. A população rural
. A população indígena:
- história das comunidades (relatos de pessoas
idosas)
- personagens históricas ( tuxauas, pajés,
parteiras, professores...)
- os direitos e as principais conquistas
indígenas
- a relação entre indígenas e não
indígenas
- as organizações indígenas do estado de
Roraima
. Emprego, renda e moradia
3-
A
mineração e a influência no povoamento do Estado
4-
Roraima
e os poderes constituídos
. O povo e o poder
. O poder executivo do Estado e
do município
. O poder legislativo do Estado
e do município
. O poder judiciário
. Os símbolos do Estado e do
município
5-
A
formação do povo brasileiro
. Os primeiros habitantes
. A relação dos povos indígenas
com a natureza
. A chegada dos portugueses
. A chegada dos africanos
. A relação entre indígenas,
portugueses e africanos
. O reconhecimento à diversidade cultural
|
GEOGRAFIA
- OBJETIVOS
- Compreender os
processos de construção do conhecimento e o desenvolvimento das relações
que se estabelecem entre os grupos humanos em diferentes espaços,
percebendo-se como sujeito nessa complexidade social, cultural, política e
econômico.
- Conhecer e
valorizar o conhecimento tradicional de seu povo em particular de sua
comunidade sobre o seu espaço e sua cultura, isto é, com relação às formas
de orientação espacial, à posição geográfica, os sistemas de representação
espaciais, os sistemas de classificação do relevo, do clima, dos solos
etc.
- Identificar e
avaliar as ações do homem, índios e não-índios, e as conseqüências nos
diversos espaços e tempos de modo a formar uma compreensão capaz de
participar ativamente nas questões socioambientais.
3ª SÉRIE
Componentes
da natureza e o modo de vida
. A água e sua importância
. Os rios
. Tipos de rios
. Utilização dos rios
. Campos
.
Matas
. Cerrados
.
Modificação das paisagens
.
Identidade, cultura e gestão territorial:
.
Localização do Estado de Roraima : na região norte, no Brasil e no mundo.
|
.Sugestão de metodologia ; Trabalhar com o mapa identificando e localizando as regiões nos
espaços geográficos.
. Agricultura comunitária
. A pecuária
. A pesca
. A caça
. Divisão
política e administrativa :
. Comunidade
. Região
. Município
|
OBJETIVOS
CIENCIAS
3ª e 4ª SÉRIES
6-
Exame
biométrico
7-
Noções de
higiene corporal
8-
Esquema corporal;
- movimentos do corpo na realização de atividades diversas
- domínio dos segmentos corporais ao movimentar-se com ou
sem materiais
4-
Qualidades e habilidades motoras básicas: força, velocidade,
resistência, equilíbrio,
flexibilidade, agilidade
5- Noções espaço-temporal: execução de
evoluções
simples (duração, direção,
|
intensidade...), com formas combinadas
6- Pequenos e grandes jogos e
pré-desportivos
7- Socialização
8- Atividades rítmicas:
- expressão corporal
- dança folclórica e educacional
- bandinhas
- coral
9- Movimentos criativos (fantoches,
dramatizações, ginástica- historiada)
10 – Educação alimentar
|
RELIGIÃO
OBJETIVOS
Conhecer, investigar, pesquisar e
identificar os textos conhecidos como ensinamentos sagrados transmitidos de
forma oral e escritos pelas diferentes culturas religiosas, expressos na
literatura oral e escrita, como em cantos, narrativas, poemas, orações, etc.
Caracterizar e respeitar lugares e
templos sagrados, quais sejam: lugares, de peregrinação, de reverencia, de
culto, de identidade, principais expressão do sagrado, igrejas, templos e
variados locais.
Proporcionar o conhecimento dos
elementos básicos que compõem o fenômeno religioso a partir das experiências
religiosas recebidas no contexto do educando.
Possibilitar esclarecimentos sobre o
direito a diferença na construção de estruturas religiosas que tem na liberdade
o seu valor inalienável.
3. METODOLOGIA
Futebol, política e religião são
temas que sempre geram discussões calorosa em qualquer ambiente, porém, dentro
da escola temos que considerar a diversidade religiosa encontrada em sala de
aula, por esse motivo, o professor precisa estar consciente de seu papel como
mediador e sistematizador do conhecimento religioso presente em sala de aula ,
para não causar constrangimento aos educandos. Temos plena consciência de que
esse é um tema um tanto difícil de trabalhar, pela complexidade do mesmo, no
entanto, pode ser muito interessante desde que o professor saiba encaminhar as
discussões, os momentos de debates, os estudos dirigidos, os mini-seminários e
outros.
Outro ponto que merece destaque é o
fato de este referencial ser dirigido a escolas, cuja escrita é ainda algo
muito recente, em compensação a oralidade ainda é a forma mais comum de
transmissão de conhecimentos entre os quais esta o religioso, alem disso, os
principais detentores do conhecimento religioso é justamente os pajés, os
rezadores que são os guias espirituais de boa parte da população, sem falar que
parte desses conhecimentos são sagrados e nem todos podem ter acesso livre a
eles. Por esse motivo sugerimos que o professor da escola indígena, ao
trabalhar essa os conteúdos possam:
· Realizar pesquisas visando levantar dados concretos
sobre a diversidade religiosa existente em cada comunidade (evangélicos,
católicos, pajés, rezadores e outros), sugerimos que essa pesquisa comece pela
sala de aula com os alunos, onde cada aluno possa conhecer e fazer conhecida
aos colegas a sua religião, de seus pais, os princípios e valores que norteiam
tanto a sua como a religião do colega.
· O professor ainda pode buscar meios (histórias
contadas pelos mais velhos, leituras, pesquisas bibliográficas, etc.) que levem
os alunos a conhecerem outras religiões que não estão presente em sua
comunidade mais que outras pessoas de outros povos praticam em nosso estado,
país e ate no mundo. É importante conheça profundamente essas diferenças e
aprenda desde cedo respeitá-las.
· No momento em que for estudar temas sobre as origens
(gênese), o professor precisa ser o mais neutro possível, ao invés de um
ambiente tenso é importante que se crie um ambiente favorável para esse debate
onde o educando possa se sentir bem, sem ser discriminado ou criticado. O
professor precisa mostrar para o grupo que existe diferentes formas de conceber
o mundo, as origens da humanidade, das florestas, dos rios e isso precisa ser
respeitado por cada um. Isso pode ser alcançado através de conversas em grupo
onde cada aluno deve falar e ouvir, perguntar, tirar as suas duvidas a respeito
do diferente, etc.
· A realização de seminários que envolvam os lideres
religiosos presentes na comunidade pode ser um bom momento para os alunos e
professores conhecerem melhor o outro. É importante observar que esse momento
não deve ser utilizado para apontar os erros ou acertos do outro e sim um
momento de conhecimento onde os lideres deverão expor a sua religião, as formas
que crer, os conceitos sobre Deus, a vida, o próprio ser humano, a gênese, de
forma que os presentes a conheçam melhor e a respeitem para que possam viver
melhor em sociedade.
· Leituras dirigidas em bibliografias especializada,
pode ser uma ótima atividade que leve os alunos a conhecerem as bases tanto do
criacionismo quanto do evolucionismo. Também sugerimos que essas leituras e
possíveis debates que haverão de surgir não devem ter o objetivo de conversão
ao criacionismo ou evolucionismo e sim de conhecimento do outro, quais os
fundamentos que sustentam a crença de cada um para que ambos alem de se
conhecerem possam se respeitar.
3.1 Sugestão de temas
geradores
A PESSOA HUMANA
- Honestidade
- Valor pessoal
- Companheirismo e
solidariedade
- ética: valores morais
e espirituais.
- Ambiente escolar
- Igualdade entre os
seres humanos
- Respeito
- Solidariedade e
respeito por si e pelo próximo
- Deus – referência e fé
- Os deuses na cultura
indígena
- Pajés e rezadores
indígenas
O MUNDO E A PESSOA HUMANA
- A origem da vida para
os povos indígenas
- O sentido da vida
- A comunicação humana
- A convivência humana
- Viver é crescer, é
transformar-se
- O sentido da história
FAMÍLIA
- Origem
- sociedade, comunidade.
|
- Componentes e suas
funções
- A árvore genealógica
- Família e
desenvolvimento social
- Tipos de famílias
- Religiosidade familiar
- Problemas familiares
CONVIVÊNCIA SOCIAL
- Regras de convivência
social
- Estatuto da Criança e
do Adolescente – ECA
- Religiosidade na
comunidade
- Problemas sociais na
comunidade
OUTROS TEMAS
- O homem e sua origem
- O ser material e o ser
imaterial
- Evolucionismo ou
criacionismo
- Bibliologia (estudo da
Bíblia)
- A diversas religiões
- Humanismo, urbanismo,
caridade e outros
- Conceitos da vida
indígena
- Religiosidade e
cultura
- Ecologia à luz da Bíblia
- Festas religiosas
/populares e suas origens.
|
·
AVALIAÇÃO
O Ensino Religioso exige cada vez mais um professor, que atue com
competência por meio de um conteúdo que dê condições ao aluno de compreender o fenômeno religioso como
histórico e que informe, integre e seja reflexivo, com uma avaliação do
processo de aprendizagem auxiliando na aquisição de conceitos necessários para
a sua formação intelectual, emocional e religiosa.
PRÁTICA DE PROJETOS
Os projetos
têm como característica básica, um objetivo que é compartilhado pelos
envolvidos, e que se expressa num produto final
que é o resultado do trabalho de todos.
Por outro
lado, o trabalho com projetos proporciona o desenvolvimento da cooperação,
cujos conteúdos podem ser definidos pelo professor, alunos e comunidade.
Os projetos
envolvem temas sobre os quais serão desenvolvidas atividades. Alguns desses
temas podem se repetir de tempos em tempos, como: festas, comemorações,
programações da comunidade, mas outros podem ser planejados
sempre que houver interesse e, principalmente necessidade na escola e
comunidade.
Os projetos
podem ser de curta ou média duração, envolver ou não outras áreas
conhecimentos, isto é, interdisciplinares e resultar em bons resultados ou
produtos.
Abaixo, é
apresentado um roteiro para a elaboração de projeto. Entretanto, ele pode
sofrer adequações diante do objetivo e da realidade da escola/ comunidade.
Roteiro para apresentação de
projetos:
·
Introdução
– é a apresentação da idéias contextualizando o projeto e o tema de estudo
·
Justificativa
– deve explicar a relevância do projeto, qual é a importância dele.
·
Objetivos
- ´e onde se quer chegar, quais são as metas, que tipo de material
educativo será produzido, que áreas de conhecimento serão envolvidas.
·
Metodologia
– como será organizado o trabalho, de que forma se organizará cada etapa ou
atividade, como se envolverão escola e comunidade nas atividades.
·
Plano de
atividades – detalhar as atividades necessárias para atingir os objetivos.
·
Cronograma
– Programar, organizar as atividades no tempo.
·
Orçamento
– Se for financiado (se for o casão) levantamento detalhado de custos por
atividades específicas.
·
Avaliação
- Verificar se as atividades foram realizadas e se os objetivos foram
alcançados.
·
Fontes de
consulta – Escritas ou orais que fundamentaram o projeto.
SUGESTÃO DE PROJETO
PROJETO DE LEITURA
ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA
PROFESSORA ELIENE CRUZ
NIVEL DE ENSINO 1ª a 4ª SÉRIE DO
ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSOR RESPONSÁVEL:
.........................................................
TEMA: LEITURA - O DESPERTAR PARA
CIDADANIA
PÚBLICO ALVO: ALUNOS DA E.E.I. PROFª
ELIENE CRUZ
PERIODO DE REALIZAÇÃO: FEVEREIRO
A DEZEMBRO DE 2009
ANO DE REALIZAÇAO: 2009
NOME DO PROJETO: O DESPETAR PARA
A CIDADANIA
LOCAL E DATA:
INTRODUÇÃO
O referido
projeto aborda a leitura sob o prisma da sala de aula, ou seja, no nível do
processo ensino aprendizagem, enfatiza a leitura como uma das práticas eficazes
para o combate a todos os mecanismos de dominação que é imposto pela sociedade
capitalista.
Assim sendo
pode se destacar no decorrer do trabalho, os benefícios que a leitura trás para
o indivíduo, bem como para o grupo social em que está inserido, abala ainda os
entraves que devem ser superados para que o aluno garanta o pleno
desenvolvimento da cidadania.
É importante
ressaltar que o principal objetivo é oportunizar os alunos de 1ª a 4ª série da
E. E. I. Profª Eliene Cruz, a perceberem a leitura como processo de
crescimento, levando-os a uma postura crítica frente aos acontecimentos, pois
como diz Piaget (1978) “Não se conhece realmente um objeto se não se agir sobre
ele transformando-o”.
JUSTIFICATIVA
Defende-se a formação do aluno leitor por
entender-se que a leitura é um, dos métodos eficazes para conscientização, pois
é através da compreensão e interpretação dos textos que o educando compreende o
mundo.
A escola enquanto local apropriado para garantir
o saber formal, deve buscar mecanismos para auxiliar o aluno no domínio da
linguagem oral e escrita, pois na sociedade atual é ela o instrumento que dá
acesso a uma vida social plena.
A linguagem é uma forma de comunicação
necessária para o exercício da cidadania, pois amplia s possibilidades de
partilha, informações e conhecimentos.
As razões pelas quais optou-se em desenvolver o tema são as
seguintes:
- Pouco interesse dos alunos nas aulas.
- A dificuldade em expressar-se oralmente e
por escrita.
Defende-se a necessidade de formação do aluno
leitor por entender-se que este deve ser acoima de tudo um leitor competente,
pois sem a prática da leitura dificilmente compreenderá a sociedade atual.
OBJETIVO GERAL
Oportunizar os
alunos de 1ª a 4ª série da E.E.I. Profª Eliene Cruz a perceberem a leitura como
processo contínuo de crescimento., levando-os ao exercício pleno da cidadania.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
12- Propiciar
reflexão a respeito da importância da leitura.
13- Conhecer
o tipo de leitor existente na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª série.
14- Identificar
o tipo de leitura realizada pelos alunos de 1ª a 4ª da Escola.
15- Propor
alternativas para formação do aluno leitor.
16- Apresentar
técnicas e metodologias na busca de resgatar o interesse pela leitura de acordo
com sua cultura.
METODOLOGIA
O projeto
procura identificar os tipos de concepções dos alunos, pais e professores
diante da leitura criando assim condições de situações desafiadoras e
conflitante ´pra que os docentes construam a partir desta prática a sua
compreensão de leitura.
Nesta proposta
apresentamos a aprendizagem como processo com o ensino globalizado, trabalhando
a partir do interesse da comunidade na qual a escola está inserida e através
das observações, questionários, depoimentos que procuram mostrar os fatores que
venham a estimular o hábito da leitura e o que irá proporcionar.
Procura-se
oferecer uma prática educativa integrada a realidade do aluno, dando
oportunidade de ser ouvido, respeitado, propiciando a sua participação ativa
nas lutas e decisões do grupo. Será trabalhada também, a produção de textos,
sala de leitura, jogos didáticos, fichas, cartazes com rótulos, revistas,
livros e jornais, cantigas de roda, canções da tradição e leitura com os pais.
AVALIAÇÃO
A avaliação do
aluno será feita através da observação e registro da participação e desempenho
do aluno e também dos pais nas atividades realizadas:
9-
Produção de textos.
10- Dramatizações.
11- Jogos
com palavras.
12- Criação
e participação no cantinho de leitura na sla de aula.
13- Confecção
de cartazes com rótulos.
14- Leitura
livre na sala de leitura.
15- Leitura
individual.
16- Pesquisa
de palavras em jornais, revistas e outros materiais escritos.
17- Bingo
de sílabas e palavras.
18- Jogos
variados que estimulam o aluno à leitura.
19- Oficina
de textos.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
ATIVIDADE
|
fevereiro
|
março
|
abril
|
maio
|
junho
|
julho
|
agosto
|
setembro
|
outubro
|
novembro
|
dezembro
|
Obs.:
|
Diagnóstico/Turma
|
X
|
|||||||||||
Avaliação/Debate, diálogos,
atividade leitura
|
X
|
|||||||||||
Leitura individual,
construção e interpretação de textos.
|
X
|
|||||||||||
Assimilação do conteúdo em
sala e aulas expositivas, exercícios práticos e teóricos
|
X
|
X
|
||||||||||
Planejamento, sala de
leitura e seleção de textos
|
X
|
X
|
||||||||||
Avaliação, estudo dos
textos, através de questões
|
X
|
X
|
||||||||||
Feira cultural com exposição
dos trabalhos produzidos e apresentações.
|
X
|
X
|
OBRAS CONSULTADAS
Piaget, Jean. Psicologia Infantil
ao alcance de todos. Rio de Janeiro, 1983.
Freire, Paulo. Ação Cultural para
a Liberdade. Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro,s/d.
Parâmetros curriculares
nacionais: língua portuguesa/ Ministério da Educação. Secretaria da Educação
Fundamental. - Brasília: A Secretaria, 2001.
1ª a 4ª SÉRIE
·
Projeto
Higiene
- Minha
escovinha
- Mural
Amigos da Higiene
- Imaginação
e ação
- Dominó da
higiene
·
Projeto
da Alimentação
- Música: Eu
sou forte
- Jogo das
frutas
- Móbiles
das frutas
- Fantoches
das frutas
- Brincando
de feira
- Qual é a
fruta na língua indígena
·
Projeto
Páscoa
- Música da
coelha da Páscoa
- Arte e
colagem
- Pintura e
roupa do coelho
-
Pesquisando
·
Projeto
Índio
- O que é
ser índio?
- Cultura
indígena
- Arco e
flecha
- Pintura
indígena
- Cocar
indígena
- Música
indígena
- Dança
indígena
·
Projeto
Mãe
- Dia das
mães
- Flores
para mamãe
- Desenhos,
pinturas
- Poemas
- Álbum para
mamãe
- Mural das
mães
- Música
para mamãe
- Mensagem
para mãe
-
Brincadeiras com as mães
·
Projeto
Festa Junina
- Montar a
capelinha
- Música:
Antônio, Pedro e João
- Menino
caipira e menina caipira
- Artes
-
Vestimentas
- Comidas
típicas
- Álbum de
receitas
|
- Mural dos
rótulos
-
Brincadeiras e convites
1-
Projeto
do Papai
- Festa do
papai
- Presente
para o papai
- Música
para o papai
- Mensagem
para o papai
2-
Projeto
Animal
- Seleção
natural
- Animais em
extinção
- Cuidados
com os animais
- Habitação
dos animais
- Animais
domados pelos indígenas
3-
Projeto
Meio Ambiente
- O homem
modifica a natureza
- Lixo: o
que fazer?
-
Desmatamento
- Queimadas
-
Reflorestamento
- Saúde e qualidade
de vida
- Tipos de
doenças
- Ambiente e
os seres vivos
4-
Projeto Criança
- Lazer e
brincadeiras
- Meu
brinquedo favorito
- Música e
poesias
- Cuidados
com a saúde e segurança
5-
Projeto Jogos da Amizade
-
Socialização entre as escolas
- Cultura
indígena
6-
Projeto Plantas Medicinais e os Saberes
Naturais Indígenas
- Resgatando
as plantas medicinais
- Oração
- Benzedores
- Pajé
- Pesquisa
de campo
7-
Projeto
Leitura
- Leitura
com os pais
- Café com
letras
- Cantigas
de roda
- Leitura da
comunidade
|
TEMAS TRANSVERSAIS
A Lei Federal
nº 9.394/96, em seu artigo 27, inciso I, também destaca que os conteúdos
curriculares da educação básica deverão observar “a difusão de valores
fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito
ao bem comum e á ordem democrática”.
Nessa
perspectiva, as problemáticas sociais em relação a terra
e conservação da biodiversidade,
auto-sustentação, direitos, lutas e movimentos, ética, pluralidade cultural ,
saúde e educação será ministrado como temas transversais. Não se constitui em
novas áreas/disciplinas, mas num conjunto de temas que aparecem
transversalizados, permeando a concepção das diferentes áreas, seus objetivos,
conteúdos, e orientações didáticas.
Os temas
transversais que compõem o referencial curricular estadual indígena envolvem
situações problemáticas sociais atuais e urgentes nas comunidades indígenas,
por isso considerada de suma importância no cenário comunitário, estadual e
nacional.
Os temas
transversais nos permitem fazer a interdisciplinaridade com as diversas áreas
de estudos.
Desta forma
permite ao professor trabalhar temas polêmicos e específicos relacionados à
realidade de cada comunidade.
1. OBJETIVOS
17- Conhecer
a diversidade do patrimônio etno-cultural brasileiro tendo atitude de respeito
para com pessoas e grupos que a compõem reconhecendo a diversidade cultural
como um direito dos povos e dos indivíduos e elementos de fortalecimento da
democracia.
18- Valorizar
diversas culturas presentes na constituição do Brasil como nação, reconhecendo
sua contribuição no processo de constituição da identidade brasileira.
19- Reconhecer
as qualidades da própria cultura, valorando-as criticamente, enriquecendo a
vivencia da cidadania.
20- Desenvolver
uma atitude de empatia e solidariedade para com aqueles que sofrem
discriminação.
21- Repudiar
toda discriminação baseada em diferenças raças/etnia, classe social, crença
religiosa, sexo e outras características individuais ou sociais.
22- Exigir
respeito para si, denunciando qualquer atitude de discriminação que sofra, ou
qualquer violação dos direitos de criança e cidadão.
23- Valorizar
o convívio pacífico e criativo dos diferentes componentes da diversidade
cultural.
24- Compreender
a desigualdade social como um problema de todos e com uma realidade passível de
mudanças.
2.
METODOLOGIA
Apresentamos algumas sugestões de
metodologia que deverão ser utilizadas pelo professor indígena conforme a sua
necessidade e realidade. O professor não pode esquecer que na comunidade
existem materiais concretos e fáceis de serem utilizados.
As
metodologias a serem utilizadas pelos professores indígenas deverão ser com
aulas dinâmicas e participativas que levem o aluno a refletir e
conscientizar-se da importância da
preservação do meio ambiente, considerando a realidade na qual ele está
inserido, isto é, sua comunidade, deve ser uma preocupação constante do
professor.
Aulas
dinâmicas com atividades práticas vivenciadas nos diferentes locais ao ar livre
envolvendo a comunidade propiciam aos alunos, ricas trocas de conhecimento e
conscientização, como por exemplo: Projeto Manejo do olho do buriti que
busca esclarecer a importância do correto manejo para a preservação da planta e
do fruto.
O professor trabalhará com
diferentes metodologias de acordo com a especificidade que o tema propõe como,
por exemplo:
20- Confecção
de cartazes; (é a transmissão de um fato sob a forma de folhetos);
21- Palestras
com lideranças da comunidade;
22- Palestras
com representantes de instituições governamentais e não governamentais;
23- Pesquisas
em varias fontes como livros didáticos, revistas etc...
24- Reuniões
comunitárias para discutir a biodiversidade;
25- Trabalhos
com mapas da comunidade/ região e estado;
26- Seminários
com alunos e lideranças da comunidade;
27- Entrevista
com os pajés, tuxauas, mulheres, coordenadores de organizações indígenas;
(formular
questionários antecipadamente para entrevista);
28- Reportagem
sobre o tema publicado em jornal local e
nacional ( publicadas em jornais ou destacada em programa de radio ou
televisão);
29- Produção
de jornal; maquetes
30- Projetos;
31- Dramatização;
composição de musicas regional;
32- Trabalho
em grupo;
TEMA 1 - TERRA E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
Esta
temática proporciona ao professor indígena refletir sobre a importância deste
tema na vida dos povos indígenas, pois, para muitos a terra (mãe) é vida e
saúde no qual plantamos e colhemos os alimentos para os filhos.
Os
indígenas a partir dos conhecimentos transmitidos e adquiridos desenvolvem
inúmeros trabalhos e atividades que levam à conservação da flora e fauna
permitindo o equilíbrio da biodiversidade. Desta forma a escola é um meio para
garantir a continuidade da preservação da vida e da relação do ser humano com o
meio ambiente.
Os saberes tradicionais
indígenas devem ser valorizados nesta temática, pois proporcionam trabalhar os
mitos e crenças de cada povo referente a Terra e a Biodiversidade. Que são
conhecimentos repassados através da oralidade e convivência familiar ou
comunitária. Por exemplo:
O tempo certo de tirar madeira ou
palhas, levando em consideração as fases da lua. Por que se é tirada de
qualquer maneira em qualquer hora não dura muito tempo dá bicho e apodrece logo
e etc.
São objetivos desse tema:
- Conhecer a Constituição Federal do
Brasil no seu artigo 231 que assegura o direito à terra e seu usufruto;
- Conhecer a Convenção 169 da
Organização Internacional do Trabalhos - OIT que assegura o direito a terra e seu usufruto;
- Identificar e preservar a
biodiversidade existente em áreas indígenas;
- Identificar as áreas indígenas
existentes no estado de Roraima;
- Reconhecer a riqueza biológica de
sua comunidade indígena, estado e do Brasil;
- Reconhecer os materiais existentes
na natureza que possibilitam as manifestações artístico/culturais de seu
povo;
- Conhecer e discutir a questão das
terras indígenas e a situação fundiária no estado de Roraima.
- Conhecer os processos de
legalização das terras indígenas: identificação, demarcação, homologação,
desintruzão, indenização (Cf.
RCNEI p. 96).
Dentro desse
tema maior, podem surgir sub-temas para serem trabalhados, como por exemplo:
· Lixo
nas comunidades indígenas;
· Tratamento
do lixo – reciclagem e outros;
· Preservação das sementes tradicionais;
· Preservação
dos animais, rios, igarapés, lagos, cacimbas e olho d'água;
· Preservação e manejo das florestas – formas e
locais adequados de desmatamento;
· Degradação
do meio ambiente através do plantio;
· Contaminação
por agrotóxico que afeta a saúde das
águas, flora, fauna e dos indígenas;
· A
importância da água para os povos indígenas;
· Conservação
do solo;
TEMA 2 - AUTO-SUSTENTAÇÃO
O
ser humano vive momentos de reflexão sobre as conseqüências da ação do homem
sobre o planeta. O desequilíbrio vem trazendo grandes problemas para a
sobrevivência dos povos indígenas, especialmente em relação ao uso dos recursos
naturais.
Os
povos indígenas sempre viveram da caça, pesca e frutos da natureza, mas
conviver com as grandes mudanças se tornou muito difícil devido as
conseqüências que o desenvolvimento trouxe, os povos indígenas perderam os seus
rios, caças e pescas porque foram contaminados pelos grandes projetos para
atender os ditos “ progressos” do País.
As comunidades indígenas para fazer frente
a tais dificuldades buscam alternativas para o seu auto-sustento e autonomia
econômica, social, política e cultural através de Projetos comunitários. Nos processos de produção e ajuda mútua na
saúde, lazer e educação.
A escola não pode ficar indiferente a estas
questões, sendo de fundamental importância o desenvolvimento de ações,
atividades e projetos interligando as várias áreas do conhecimento, matemática,
geografia, história, ciências naturais e outras, objetivando sensibilizar,
sugerir e buscar propostas de diferentes meios que garanta o auto-sustento das
comunidades.
No estado de Roraima, em algumas
comunidades, as escolas já trabalham com o tema da auto-sustentação
desenvolvendo projetos interdisciplinares, como por exemplo:
- Plantio do abacaxi;
- Plantas medicinais;
- Oficinas de artesanato;
- Projetos de roça, feijão, gado, entre
outros.
- Horta escolar;
A partir do RCNEI alguns objetivos podem
ser relacionados: algumas questões são de grande importância que os alunos
tenham participação nas escolhas e decisões coletivas.
- Permitir aos alunos uma escolha
consciente sobre as alternativas de auto-sustentação que podem ser
desenvolvidas pela escola e
comunidade;
- Conhecer outras práticas produtivas
para auto-sustento desenvolvidos por outros povos indígena em condições
ambientais e socioculturais similares;
- conhecer procedimentos e técnicas,
adequadas culturalmente e ambientalmente corretas, que permitam o
enriquecimento alimentar e a melhoria das condições de vida e saúde.
- Refletir sobre o que permaneceu e o
que mudou nessas praticas
produtivas e culturais,
TEMAS 3 - DIREITOS, LUTAS E MOVIMENTOS
Este tema diz respeito aos direitos de todo o
ser humano, índio ou não – direito à vida, à liberdade, direito das crianças,
dos jovens, das mulheres, dos idosos, daquelas pessoas com necessidades
especiais e outros mais. É importante ser tratado na escola indígena porque
permite ao aluno conhecer seus direitos e contextualizá-los no âmbito mais
abrangente dos direitos humanos.
É importante para a nossa educação escolar
indígena considerar os avanços obtidos através das lutas, dos movimentos dos
professores, trocas de experiências e, sobretudo, quanto à legislação
brasileira, no que diz respeito ao reconhecimento e garantia de uma educação
diferenciada. Parecer do professor Enilton André da Silva, wapichana, RR.(Cf.
RCNEI p. 100).
Os objetivos da inclusão deste
tema na escola são os abaixo colocados com base no documento acima citado:
- Informar as organizações comunitária e escolar do
direito de se organizar, assegurado na Constituição Federal do Brasil aos
povos indígenas;
- Conhecer os
seus direitos de respeito à cidadania e à diversidade étnica e cultural;
- Conhecer os movimentos sociais
não-indígenas que contribuíram na luta pela consolidação dos direitos dos
povos indígenas no Brasil ( movimento dos negros, das mulheres e outros);
- Conhecer a história dos grandes movimentos indígenas
a nível de base e regiões do Brasil.
- Conhecer a história das organizações Indígenas e suas
principais atividades.
- Atuar no sentido de aplicar estes direitos na
experiência escolar e no cotidiano das relações humanas e sociais com a
sociedade.
- Conhecer os tratados, fóruns, declarações e
convenções de que o Brasil faz parte e que tratem de direitos humanos e direitos do cidadão.
- Conhecer as lutas e movimentos
pela liberdade na história do Brasil e da América.(Cf. RCNEI p.100).
- Conhecer a lei
11.340/06 Maria da Penha que coíbe
a violência contra a mulher;
TEMA – 4 ÉTICA
A
ética interroga sobre a legitimidade de práticas e valores consagrados pela
tradição e pelo costume. Trata, portanto, de discutir o sentido ético da
convivência humana nas suas relações com varias dimensões da vida social;
ambiente, a cultura, a sexualidade e a saúde.
Ética
tem a ver com o amor, com a solidariedade, com o respeito, com a justiça.
Ética
é um tema transversal que permite revelar e tornar conscientes tais princípios
e valores, que sustentam as diversas formas de conhecimento e conduta. É a base
para se formar opinião sobre a vida e as questões do cotidiano. Sua reflexão na
escola apóia o esforço de permanente construção de regras sociais, alimentando
o convívio de cada etnia e a solidariedade existente nas comunidades.
No
convívio escolar o aluno pode aprender a resolver conflitos em situações de
diálogos, pode aprender a ser solidário ao ajudar e ao ser ajudado pode
aprender a ser democrático quando tem oportunidade de dizer o que pensa,
submeter suas idéias ao juízo dos demais e saber ouvir as idéias dos outros.
Trazer
para a escola a discussão da ética é recolocar os valores particulares às
sociedades indígenas como transversais à formação escolar, tornando-a um lugar
de vivência dos princípios morais da comunidade.
Os objetivos
da discussão ética podem ser assim colocados:
- Desenvolver os valores da cidadania e
dos direitos coletivos indígenas.
- Permitir o fortalecimento de sua
identidade.
-
Desenvolver os valores da cultura tradicional relacionados:
. aos mais velhos
. às crianças e aos jovens
. às mulheres
. aos valores familiares
. aos rituais e à religiosidade
. às artes, danças, cantos,
alimentação, usos e costumes
. à organização social.
- Desenvolver e fortalecer o respeito:
. às coisas sagradas
. às decisões da comunidade
. à natureza
. à mitologia
. às festas tradicionais
. à vida e a saúde das pessoas.
- Ganhar consciência sobre os
seus próprios valores e os de sua comunidade e também conhecer e respeitar os
valores de outras culturas.
-Estar ciente que qualquer pessoa pode ser uma liderança no futuro,
homem ou mulher, por isso, é importante aprender a ter compromisso,
responsabilidade, atitude, sigilo e participação.
(Cf. RCNEI p. 102).
TEMA 5 - PLURALIDADE CULTURAL
Conforme
os Paramentos Nacionais o tema Pluralidade Cultural busca contribuir para a
construção da cidadania na sociedade brasileira.
Nesse sentido, a escola deve ser
local de aprendizagem de que as regras do espaço público democrático garantem a
igualdade, do ponto de vista da cidadania, e ao mesmo tempo a diversidade, como
direito. O trabalho com Pluralidade Cultural se dá, assim, cada instante, propiciando que a escola
coopere na formação e consolidação de uma cultura da paz, baseada na
tolerância, no respeito aos direitos humanos universais e da cidadania
compartilhada por todos os brasileiros. Esse aprendizado exige, sobretudo, a
vivência desses princípios democráticos
no interior de cada escola, no trabalho cotidiano de buscar a superação de todo
e qualquer tipo de discriminação e exclusão social, valorizando cada individuo
e todos os grupos que compõe a
sociedade brasileira.
Este tema trata da diversidade de culturas que existem
em todos os lugares e em diferentes grupos humanos. Por isso é importante que o
aluno visualize em seu contexto essa diversidade e perceba que entre os povos
indígenas. O conhecimento da realidade do aluno deve ser estudado sempre
comparando com os de outras culturas, de diferentes povos.
Entre os objetivos principais do tema podem
ser mencionados:
- Estabelecer o diálogo respeitoso entre
os indivíduos e as diferentes culturas com as quais convive.
- Possibilitar um ambiente de respeito
entre os diferentes alunos na escola e entre estes e o professor.
- Apoiar a dimensão bilíngüe e multilíngüe
do projeto pedagógico.
- Relacionar, nas diferentes áreas de
estudo, os conhecimentos e valores das diversas culturas, tendo como base a
própria cultura dos alunos.
- Favorecer a compreensão da relação entre
sociedades indígenas e sociedade envolvente.
(Cf. RCNEI p.104).
6 – SAÚDE E EDUCAÇÃO
O tema Saúde e
Educação busca repensar a cultura de saúde dos povos indígenas, valorizando os
conhecimentos acumulados por esses povos ao longo de séculos e buscando
alternativas eficientes para os novos desafios a serem enfrentados.
Este tema pode
ser tratado em muitas situações em sala de aula, nas diversas disciplinas. Em
História, pode-se estudar a ocorrência de doenças ao longo do tempo; em
Geografia, o fato de que diversos fatores estão relacionados a saúde e doença
e, especialmente, em Ciências, onde são tratadas as relações do organismo
humano com o meio ambiente.
A temática
Saúde e Educação atende seus objetivos ao:
- Informar aos alunos que a valorização da
saúde do indivíduo e da coletividade é importante para a comunidade.
- Sensibilizar para a identificação dos
fatores que beneficiam ou prejudicam a saúde.
- Capacitar quanto ao conhecimento de
medidas práticas de prevenção de doenças e aos meios eficientes de promoção,
proteção e recuperação da saúde.
- Colaborar na identificação das doenças,
comunicando os casos detectados na escola ao órgão de saúde competente.
- Valorizar a medicina indígena como método
eficiente de tratamento de muitas enfermidades.
- Conhecer e valorizar os diferentes tipos
de curas que podem ser usadas em muitas enfermidades.
- Conhecer as doenças que são transmissíveis
e seus meios de prevenção e tratamento.
- Conscientizar-se da importância de
prevenir e tratar as doenças que são transmitidas pela relação sexual.
- Reconhecer que a saúde é um
direito de cada um e praticá-lo em relação a si mesmo e na relação com a
sociedade envolvente.
- Conhecer e aplicar os cuidados
necessários para o consumo de alimentos advindos das relações de contato.
- Identificar o consumo excessivo de álcool
como um risco para a saúde.
Os contextos de aprendizagem podem ser
construídos considerando-se os seguintes aspectos:
a) O que é saúde? – compreensão
do grupo.
. Higiene
corporal;
. Higiene do meio em que se vive;
. Tipos alimentação saudável;
b) Saúde e doença na comunidade:
. Identificar os problemas que prejudicam
a saúde na comunidade;
. Identificar os seus principais
determinantes;
. Como a comunidade trata os doentes;
.Trabalhar a questão da preservação
ambiental para a boa saúde;
. Trabalhar novos métodos para a prevenção
de doenças e o cuidado de sua saúde;
. Trabalhar o resgate da medicina natural
ou tradicional indígena;
. Respeitar as normas de prevenção às
doenças estabelecidas pela sua cultura.
·
Políticas de saúde e sistemas de saúde para os
povos indígenas.
. Permite colocar
a questão do direito de cidadania, do controle social dos povos indígenas sobre
a política de saúde, de sua participação nas instâncias de decisão.
d) Doenças
Sexualmente Transmitidas (HIV);
- A AIDS é uma doença incurável diante
disso se faz necessário que a escola junto a comunidade tome uma decisão
em relação ao tema. Em algumas
comunidades indígenas falar de sexo ainda é um tabu porque culturalmente
não é comum em alguns povos . Mas a
preocupação é que já existe casos em algumas comunidades e se não
houver esclarecimento alguns povos
desaparecerão porque é uma doença que
os nossos pajés e rezadores
não conseguem curar com seus remédios tradicionais.
- Transmissão; prevenção; Existe uma
saída?
-Qual a
principal causa, é o fluxo de pessoas, é a liberdade ou a forma que se dá a
informação/
e) Gravidez na adolescência;
f) Drogas e alcoolismo;
MATEMÁTICA
1. INTRODUÇÃO AO ENSINO DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
Em todas as épocas e em todas as culturas, a matemática e a língua
materna constituem dois componentes básicos dos currículos escolares. Tal fato
era traduzido, em tempos antigos, pela caracterização da função tríplice da
escola, como lugar que se aprenderia a ler, escrever e contar- O que
significava, sinteticamente, uma dupla alfabetização: no universo das letras e
dos números.
2. OBJETIVOS GERAIS
DO ENSINO DA MATEMÁTICA
O ensino da disciplina de matemática nas escolas indígenas tem por
objetivo que o aluno aprenda a utilizar conceitos matemáticos na formulação de
hipóteses sobre a solução de uma determinada situação problema comum ao seu
cotidiano, sendo ele de ordem pessoal ou social, más que leve o aluno a
refletir sobre a sua própria realidade atuando de forma direta na melhoria de
sua comunidade utilizando de uma inter-relação entre a matemática e os recursos
tecnológicos em função de promover soluções para os problemas do dia-dia do
aluno.
Vale ainda ressaltar os seguintes pontos:
1) Identificar os conhecimentos
matemáticos de sua cultura bem como meios para compreender, resolver situações
a sua volta valendo-se das ferramentas que a matemática oferece.
2) Perceber o caráter intelectual
característico da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a
curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento do raciocino e a
capacidade para resolver problemas.
3) Resolver situações-problema, sabendo
validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e
processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa e utilizar
conceitos e procedimentos matemáticos disponíveis,
4) Saber transmitir idéias matemáticas
fazendo uso da linguagem oral (em língua portuguesa e indígena) e saber
relacionar enunciados com representações matemáticas.
5) Estimular o estabelecimento de conexões
entre temas matemáticos e temas de outras áreas como história, geografia,
lingüística e ciências, entre outros.
6) Sentir-se
seguro da própria capacidade de construir conhecimentos
matemáticos,desenvolvendo a auto estima e a perseverança na busca de soluções;
7) Interagir com seus pares de forma
cooperativa, trabalhando coletivamente em busca de soluções para problemas
propostos identificando aspecto consensuais ou não na discussão de um assunto,
respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com ele.
3. INTRODUÇÃO A
METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA
É consensual a
idéia que não existe um caminho que possa ser identificado como um único e
melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular, da matemática. No
entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é
fundamental para que o professor construa sua prática de trabalho.PCN.
4. METODOLOGIAS DO
ENSINO DA MATEMÁTICA
4.1 Resolução de
problemas
O fio condutor
do trabalho do componente de matemática é a resolução de problemas, pois é uma
metodologia que permeia todo o processo de ensino e aprendizagem. Essa
metodologia representa muito mais que ensinar o aluno a utilizar técnicas
operatórias ou procedimento algorítmico: implica que o aluno acione sua rede de
conhecimentos, faça ligações, estabeleça conexões entre tópicos de Matemática e
entre outras áreas do conhecimento. Implica ainda que o aluno selecione e
mobilize diferentes estratégias apropriadas a cada nova situação.
A metodologia
de resolução de problemas significa ainda um processo de investigação no qual
todo o conhecimento do aluno é combinado, associado, para que ele resolva de
forma criativa e autônoma uma situação-problema de qualquer área do
conhecimento. Significa, por fim, principalmente uma possibilidade de o aluno
agir com competência em diversas situações a que for exposta: Em situações do
cotidiano e em situações da escola, planejadas com objetivos específicos.
Em todas as
situações propostas o fundamental é que o aluno seja questionado o tempo todo e
solicitado a defender argumentar e justificar suas idéias, mesmo que as
soluções não sejam as mais “convenientes” naquele momento: que ele seja
estimulado a avaliar a sua própria resposta, o próprio problema,
transformando-o numa fonte de novos problemas.
4.2 História da
Matemática
A abordagem de
conceitos via História da Matemática também é uma metodologia que permitir a
construção de um contexto para uma aprendizagem significativa. Essa abordagem
tem como objetivo resgatar a história do homem como sujeito criador ao longo do
tempo e compartilhar com os alunos o fato de que as idéias e os conceitos
atualmente ensinados e aprendidos na escola são, na realidade, frutos da
construção do conhecimento matemático em épocas passadas e atuais.
4.3 Jogos
Os jogos no
ensino e aprendizagem em Matemática é mais uma metodologia que deve permear o
processo de ensino e aprendizagem, principalmente nas séries iniciais, a
exploração de jogos nessas séries contribuir para o desenvolvimento da
comunicação, do trabalho em grupo, de
atitudes, de normas, de conceitos, dentre outros aspectos. O jogo de regra
também deve permear as séries do ensino fundamental, pois ele desenvolve o
instinto coletivo do indivíduo.
Além do
aspecto lúdico e prazeroso do ato de jogar, as relações propiciadas pelo jogo
de regra são fundamentais para a formação do aluno. Os jogos de regras devem
ser inseridos num contexto de Problematização e de investigação, pois nessa
perspectiva, os jogos permitem ainda o desenvolvimento de noções numéricas e
medidas espaciais, transformando-o num excelente recurso de estratégia nas
aulas de Matemática.
4.4 Tecnologias da
informação
O uso da
tecnologia é uma metodologia que deve ser avaliada sobre as possibilidades e
limites do uso da mesma pelos alunos.
A escola deve transformar as informações em conhecimento, é necessário
selecionar as informações pertinentes numa determinada situação, analisá-las,
sintetizá-las, transformá-las em conhecimento tendo em vista a sua vinculação e
aplicação em um contexto para além dos muros da escola.
5. SUGESTÕES
METODOLÓGICAS
A metodologia aplicada ao ensino da Matemática
procura responder as perguntas: como surgiu, de que maneira ela se apresenta no
cotidiano e em que ela pode nos ajudar.
É mostrado também aos alunos que a matemática
se conecta com outras áreas de conhecimentos científicos e tecnológicos. E o
papel dessa ciência nas transformações sociais em momentos importantes da
história, respeitando as características de cada grupo de alunos e
comunidade.
O
professor em sala de aula deve:
33- Estimular
o aluno a pensar, raciocinar, descobrir, relacionar idéias, isto é, criar
autonomia no aprender, ao invés de apenas imitar e repetir modelos;
34- Trabalhar
por meio de situações-problema que envolvam questões familiares e comunitárias
que façam o aluno pensar, analisar, julgar e decidir-se pela melhor solução;
35- Mostrar
que o conteúdo tem significado, que é importante para a vida em comunidade e sociedade em geral ou que
ajudará a entender melhor o mundo em que vive;
36- O
trabalho deve se desenvolver de forma contextualizada e interdisciplinar, isto
significa aproveitar ao máximo as relações entre os conteúdos e o contexto
pessoas e comunitário/social do aluno, só assim o aluno vê significado no que
lhe proposto para estudar. Pode-se, ainda, relacionar diversas atividades que
auxiliam aos alunos a aprenderem melhor
os temas em desenvolvimento.
5.1 Leitura
37- Leitura, interpretação e resolução de
problemas que envolvam os diferentes conteúdos desde as quatro operações até
equações e inequações, partindo de materiais concretos;
5.2 Pesquisa
38- Pesquisas
e coleta de dados para construir tabelas e gráficos sobre os diversos aspectos da comunidade;
5.3 Jogos
39- Construção
de jogos matemáticos envolvendo as quatro operações e outros conteúdos;
5.4 Atividades variadas Individuais e coletivas
40- Atividades
com a reta numérica identificando números positivos e negativos;
41- Execução
de trabalhos em grupos para estimular a cooperação atendendo em grupos
diferentes, as necessidades e aprendizagens dos alunos;
42- Atividades,
exercícios e procedimentos didáticos com o mesmo conteúdo para facilitar a
compreensão, a aprendizagem e a fixação do mesmo;
43- Atividade
de compra e venda.
44- Confecção
de cartazes
45- Trabalhar
as notas do aluno, idade, freqüência, aprovação, reprovação e etc.em formas de
gráficos, tabelas e porcentagens, etc.
46- Construção
de maquetes: escola, comunidade, roça, horta, etc Fazendo a escala de medidas.
47- Converter
a medida padrão em medidas da comunidade ex.(lata, litro de farinha em quilo).
48- Interpretar
gráficos de jornais e revistas.
49- Construir
gráficos a partir dos problemas
(sistemas).
50- Utilizar
extrato bancário para calcular juros de empréstimos: compras a prazo, tendo em
vista poder escolher em comprar à vista ou a prazo por exemplo.
3ª SÉRIE
25- Números e operações
. Conjunto e elementos
. Tipos de conjuntos
. Operações com conjuntos
. Sistema de numeração decimal:
(unidade, dezena ,centena)
. Antecessor e sucessor
. Valor absoluto e relativo
. Números romanos
. Números ordinais
. Números naturais: ( adição,
subtração, multiplicação e divisão0
. Operações com números
naturais
.Números fracionários: (noções,
comparações, leitura, tipos, representação, adição e subtração)
. Operações com números
naturais - problemas
|
26- Espaço e Forma
. Curvas abertas e fechadas
. Retas e segmentos de reta
. Retas paralelas e
concorrentes
. Sólidos geométricos
27- Grandezas e Medidas
. Medida de comprimento:
(metro, centímetro, milímetro, quilômetro)
. Medida de massa: (quilograma,
grama, miligrama, tonelada)
. Medida de tempo: (dia, hora, minuto,
segundo, semanas, meses e ano)
28- Sistema monetário brasileiro
. Compra e venda
5- Tratamentos de informações
. Leitura de tabelas simples
. Leitura de gráficos simples
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