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domingo, 9 de junho de 2013

REFERENCIAL CURRICULARES DAS ESCOLAS INDÍGENAS 4º ANO

ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA PROFESSOR EDNILSON LIMA CAVALCANTE

LÍNGUA PORTUGUESA

INTRODUÇÃO
       As relações estabelecidas entre escola e a sociedade, entre a linguagem e a escola se baseiam no processo de interação (ação entre) entre os indivíduos. Nesses processos de interação, o homem age e produz discursos orais e escritos. O conjunto de discursos é trabalho social e histórico, quer dizer, a língua é uma forma de trabalho.
       A linguagem assim concebida, como forma de ação inter-individual claramente orientada, interação que proporciona aos indivíduos a prática de diversos atos exige: comportamentos, reações, vínculos e compromissos que antes não existiam.
       Em situação de interação social, a conversa ou conversação – falar e ouvir/ouvir e falar – é a forma interativa, concreta, inseparável do contexto e do cotidiano. Nesse sentido, fala são as palavras articuladas, interligadas de forma coerente, consistente, permitindo o diálogo, as intervenções, possibilitando fazer e refazer pensamentos e intervenções, esclarecer dúvidas, discutir pontos de vista, chegar ou não a um consenso.
       Ouvir significa acompanhar o discurso do outro, entender o que ele diz ou propõe para concordar, discordar, argumentar, provocar, questionar no momento certo.
       Por outro lado, ler é ver, mais que isso, é enxergar e dar sentido aos signos (sinais, símbolos). E isso começa fora do indivíduo, porém se realiza dentro dele iniciando pelas suas referencias, isto é, pelas informações que ele tem adquirido, até então.
       Na leitura, o leitor, começando pelos signos (sinais, símbolos, letras) e volta aos objetos reais, construindo, mentalmente, aquilo que lê: os olhos vêem os signos, o cérebro os objetos reais.
      Na escrita, aquele que escreve faz o inverso: o escritor tem todos os referentes – objetos reais, a realidade – interligados na sua mente consciente. Após organizá-los representa-os sob a forma de signos (escrita).
       A linguagem oral e escrita é, portanto, o resultado da interação entre as pessoas. Ela está continuamente se modificando, se transformando, evoluindo, vindo a ser. Não é algo pronto e acabado, mas em permanente construção juntamente com o homem e a sociedade.
      As habilidades de falar, ouvir, ler e escrever, isto é de produzir textos orais e escritos deve ser uma das mais importante e séria preocupação  da escola.

·        OBJETIVOS
 O aluno indígena deve se tornar capaz de:
1-     Compreender que o uso de linguagem verbal (isto é, da fala) é um meio de comunicação e de manifestação dos pensamentos e sentimentos das pessoas e de todos os povos.
2-     Reconhecer e valorizar a variedade lingüística existente no nosso país.
3-     Reconhecer a Língua Portuguesa como língua oficial do Brasil, valorizando sua variedade dialetal no país e no mundo.
4-     Usar a Língua Portuguesa para expressar-se oralmente, de forma eficiente e adequada à diferentes situações e contextos comunicativos.
5-     Ser leitor e escritor competente na Língua Portuguesa onde essas competências forem julgadas necessárias e importantes.


3ª SÉRIE
LINGUAGEM ORAL
  • Relatar experiências individuais e coletivas.
  • Descrever fatos, pessoas, lugares, plantas, animais etc.
  • Contar histórias ouvidas e lidas.
  • Conversar, debater e dramatizar situações vivenciadas na comunidade, lidas ou ouvidas.
  • Participar de situações comunicativas com intervenção de perguntas e opiniões.
  • Explicar conceitos, idéias e pensamentos com suas próprias palavras.
  • Reproduzir oralmente os conhecimentos de fatos e de histórias reais, adquiridos através de diálogo com os mais velhos da comunidade.
  • Convidar, aceitar e recusar um convite.
  • Representar verbalmente, sentimento e sensações: alegria, tristeza, raiva, dor, etc.
  • Identificar diferenças culturais no modo como falantes de diferentes línguas e dialetos utilizam oralmente a linguagem.
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS.
  • Entender como e por que surgiu a escrita.
  • Compreender as funções sociais da escrita na sociedade (para que serve a escrita nas diferentes sociedades).
  • Entender que existem diferentes tipos de escrita (pictórica, ideográfica, alfabética).
  • Rever as diferentes grafias das letras (letras de forma, cursiva, maiúscula e minúscula).
  • Ler textos narrativos, ou ouvi-los, lidos pelo professor (clássicos e contemporâneos: fábulas, lendas, mitos e contos indígenas).
  • Elaborar formulários e questionários simples.
Anúncios, folhetos e cartazes
  • . Identificar recursos visuais utilizados nesses testos, compreendendo suas funções: tipo e tamanho das letras, funções das diferentes cores empregadas, ilustrações, etc.
Textos de jornais e revistas
  • Identificar elementos gráficos e visuais que compõem jornais e revistas (diagramação, índice, tamanho e tipo de letra etc.).
  • Escrever pequenos artigos de opinião.
Poemas, contos, histórias em quadrinhos
  • Reconhecer as características de forma poética (rimas, linguagem figurada).
  • Ler poemas e buscar, individualmente ou em grupos, diferentes possibilidades de interpretação.
  • Escrever poemas retratando situações vividas, imaginadas sobre temas diversos: ecologia, saúde etc.
  • Montar revistas em quadrinhos
  • compreendendo a diferença entre cada um.
  • apresentando personagens reais e fictícios, manifestando o conhecimento das pontuações, ortografia, emprego de pronomes e verbo, e de seqüência de pensamentos.
Dicionários, enciclopédias, antologias, materiais didáticos e paradidáticos
  • Pesquisar temas, com a ajuda do professor, selecionando e anotando informações relevantes.
  • Manusear corretamente o dicionário buscando resolver dúvidas de escrita e de significado.
  • Ler textos em livros didáticos e paradidáticos (obras literárias infantis e juvenis) compreendendo a diferença entre eles.
  • Interpretar noticiários, pesquisas, relatórios de encontros comunitários, assembléias, etc.;
  • Identificar palavras chaves  em qualquer tipo de  textos.
  • Estabelecer as diferenças entre os gêneros literários: fábula, mitos, lendas, contos, adivinhas.
Listas
  • Identificar e consultar listas compreendendo seus critérios de organização e as abreviaturas nelas encontradas.
  • Escrever diferentes tipos de listas obedecendo a um critério de ordenação.
Instruções
  • Realizar atividades simples seguindo instruções escritas.
  • Ler e elaborar regulamentos simples.
Formulários e questionários
  • Ler e saber responder questionários simples, reconhecendo sua organização. Numeração das perguntas, espaços para respostas por extenso etc.
  •  Ler pequenos textos narrativos possibilitando o entendimento dos critérios básicos de sua     produção e diferenciação do texto descritivo.
  •  Elaborar textos narrativos usando o diálogo, identificando os critérios de cada texto.
  • Elaborar textos ficcionais e reais
Relatórios, cartas e recados
  • Escrever cartas, bilhetes, cartões, convites, pequenos anúncios, demonstrando entendimento de diferenciação entre cada tipo de texto e obedecendo a ordem entre início meio e fim.
  • Escrever relatórios de encontros, reuniões comunitários, palestras escolares obedecendo aos critérios mínimos sobre: introdução, desenvolvimento, conclusão.
  • Produção de textos narrativos de ficção e de publicidade.
  • Produção coletiva de texto, partindo de fatos  e experiências,vivenciadas no cotidiano.
ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA
  • Observar as convenções que regem a composição de palavras, a ordem das palavras nas frases e a organização textual na língua.
  • Empregar adequadamente no texto escrito sinais gráficos e de pontuação, como por ex.: letra inicial maiúscula, ponto final, vírgula, exclamação, interrogação, reticências, etc.
  • Utilizar-se do dicionário e de outras fontes escritas impressas para resolver dúvidas de      ortografia.
  • Compreender a utilização do discurso direto e o indireto na construção de textos.
  • Reescrever/revisar o próprio texto, relendo cada parte escrita e planejando o que falta escrever.
  • Revisar o rascunho buscando melhorar o texto quanto ao gênero, coerência e coesão textual, pontuação, paginação e ortografia.
  • Relacionar a acentuação gráfica e a tonicidade, observando regularidades na escrita.
  • Observar e empregar a concordância verbal e nominal na escrita de textos.
  • Reconhecer e usar adequadamente nos textos: substantivos, adjetivos, artigos, pronomes, verbos, numerais e interjeições.


LINGUAGEM ORAL
·        Relatar experiências individuais e coletivas.
·        Descrever fatos acontecidos, com pessoas e em lugares visitados ou conhecidos, com plantas existentes na comunidade, animais que conhece ou que existem em determinados locais, etc.                                                             
·        Contar histórias lidas e ouvidas de adultos e de anciãos da comunidade e compreendê-las.
·        Conversar sobre assuntos importantes ou triviais com adultos e pessoas de sua idade.     
·        Debater sobre alguns temas com argumentações e representá-los através de dramatizações.
·        Intervir em situações comunicativas com perguntas e opiniões.
·        Explicar conceitos, idéias e pensamentos com suas próprias palavras.
·        Produzir coletivamente texto oral, obedecendo aos critérios de seqüência.
·        Apresentar argumentações coerentes para convidar, aceitar e recusar um convite
·        Representar verbalmente, sentimento e sensações: alegria, tristeza, raiva, dor, etc.
·        Apresentar entendimento em saber solicitar e dar esclarecimentos.
·        Conhecer o momento certo de dar e receber informações, compreendendo ainda as instruções.
·        Ler qualquer texto em voz alta, utilizando a tonalidade correta.
·        Compreender e praticar a interação social adequadamente, como:
  - apresentando-se e/ou apresentando a alguém, a uma platéia ou a um grupo de pessoas.
  - cumprimentando e/ou despedindo-se de alguém, de  uma platéia e de um grupo de pessoas.
 - dando e pedindo informações: endereço, situação familiar, pessoais etc.
  • Identificar diferenças culturais no modo como falantes de diferentes línguas e dialetos utilizam oralmente a linguagem.
  • Fazer leitura  visual e produzir textos oral imaginário de fotos, figuras de revistas, de jornais, desenhos etc).
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTOS
  • Entender como e por que surgiu a escrita;
  • Compreender as funções sociais da escrita na sociedade (para que serve a escrita nas diferentes sociedades);
  • Entender que existem diferentes tipos de escrita (pictórica, ideográfica, alfabética)
  • Conhecer as diferentes grafias das letras (letras de forma, cursiva, maiúscula e minúscula
  • Ler textos narrativos, ou ouvi-los, lidos pelo professor (clássicos e contemporâneos: fábulas, lendas, mitos e contos indígenas)
  • Interpretar noticiários, pesquisas, relatórios de encontros comunitários, assembléias etc.
  • Identificar  palavras chaves  em qualquer tipo de  textos.
  • Estabelecer as diferenças entre os gêneros literários: fábula, mitos, lendas, contos, adivinhas
Dicionários, enciclopédias, antologias, materiais didáticos e para-didáticos.
  • Consultar esse tipo de texto, com a ajuda do professor, observando sua organização geral: índice, número de páginas, divisão em capítulos, biografia do autor etc.
  • Pesquisar temas, com a ajuda do professor, selecionando e anotando informações relevantes.
  • Manusear corretamente o dicionário;
  • Leitura de livros paradidáticos e obras literárias, literatura infantil, identificando a diferença entre cada gênero;
Listas
  • Identificar e consultar listas compreendendo seus critérios de organização e as abreviaturas nelas encontradas.
  • Escrever diferentes tipos de listas obedecendo a um critério de ordenação, observando no emprego do substantivo, do adjetivo, do numeral, do verbo, as suas respectivas flexões.
  •  
Instruções
  • Realizar atividades simples seguindo instruções escritas
  • Ler e elaborar regulamentos simples, observando as pontuações, concordância verbal, coesão e coerência textual.
Formulários, questionários e entrevistas
  • Ler e saber responder questionários simples, reconhecendo sua organização: numeração das perguntas, espaços para respostas por extenso etc.
  • Elaborar formulários e questionários simples.
  • Ler e elaborar entrevistas e questionários utilizando elementos próprios para esse tipo de texto observando suas convenções: perguntas e respostas; pontuação: dois ponto, ponto de interrogação, exclamação, travessão e parágrafo.
    Anúncios, folhetos e cartazes
  • Identificar recursos visuais utilizados nesses textos, compreendendo suas funções: tipo e tamanho das letras, funções das diferentes cores empregadas, ilustrações, etc.
  • Localizar informações específicas nesses tipos de textos.
Textos de jornais e revistas
  • Identificar elementos gráficos e visuais que compõem jornais e revistas (diagramação, índice, espaçamento, tamanho e tipo de letra etc.)
  • Escrever pequenos artigos de opinião, utilizando corretamente os sinais de pontuação, sinais ortográficos, verbos e suas flexões em gênero e número.
  • Escrever pequenas notícias sobre fatos acontecidos, a partir da compreensão de um texto narrativo.
Poemas, contos, histórias em quadrinhos
  • Reconhecer as características de forma poética (rimas, linguagem figurada)
  • Ler poemas e buscar, individualmente ou em grupos, diferentes possibilidades de interpretação.
  • Ler e interpretar  texto, compreendendo a diferença de cada um: poema, conto, historia em quadrinho  comparando com: carta, bilhete e cartão.
  • Escrever poemas, versos, histórias em quadrinhos ou reescrevê-los, total ou parcialmente, a partir de textos escritos pelo próprio aluno, autores indígenas, por outros autores.
  • Escrever pequenas histórias ficcionais utilizando corretamente as frases, orações e pontuações.
ANÁLISE E REFLEXÃO SOBRE A LÍNGUA
  • Empregar adequadamente no texto escrito sinais gráficos e de pontuação, como por ex.: letra inicial maiúscula, ponto final, vírgula, exclamação, interrogação, reticências, etc.
  • Utilizar-se do dicionário e de outras fontes escritas impressas para resolver dúvidas de   ortografia.
  • Usar o  discurso direto e o indireto na construção de textos empregando a pontuação apropriada.
  • Reescrever/revisar o próprio texto, relendo cada parte escrita e planejando o que falta escrever.
  • Revisar o rascunho buscando melhorar o texto quanto ao gênero, coerência e coesão textual, pontuação, paginação e ortografia.
  • Relacionar a acentuação gráfica e a tonicidade, observando regularidades na escrita.
  • Observar e empregar a concordância verbal e nominal na escrita de textos.
  • Reconhecer e usar adequadamente nos textos: substantivos, adjetivos, locução adjetiva, pronomes, verbos e advérbios.
  • Compreender o emprego correto das grafias das letras: M, N, K, W, Y na Língua Portuguesa.
  • Produzir texto observando as convenções que regem a composição de palavras, a ordem das palavras nas frases e a organização textual da língua.








ARTE INDÍGENA
O estudo em arte proporciona o desenvolvimento do pensamento artístico; por meio dele o aluno amplia a sensibilidade, a percepção, a reflexão e a imaginação. Aprender arte é fazer trabalhos artísticos, apreciar e refletir sobre eles. Requer também conhecer, apreciar e refletir formas da natureza e sobre tudo sobre as produções artísticas individuais e coletivas de diferentes culturas e épocas.
Para  a arte, o  principal recurso  e instrumento de pesquisa são os fenômenos internos do ser humano, isso é: a emoção, a expressividade, a criatividade, a afetividade etc. É a partir da própria vivencia e da apreciação  do objeto artístico que se realiza a arte, daí então,  que seu objetivo vem de dentro do ser humano e não do seu exterior, como é o caso das outras disciplinas.
Para os alguns povos indígenas, as imagens, a música, a dança, ainda podem ser os principais meios de expressão e comunicação de idéias e conhecimentos. Nesse caso, compreender a arte como uma forma de expressão, permite trabalhar melhor as diferenças ajudando o aluno tanto nas relações pessoais de contato, como na valorização das produções de sua própria cultura.
Em outras palavras se diz que, a arte na escola indígena, ao ser estudada e experimentada, permite compreender a relação entre o particular e o universal, as semelhanças e diferenças entre tantos povos de épocas e lugares distintos,  tornando possível  reconhecer aspectos que formam a identidade de um país, de uma região, de um povo, de um grupo social e de pessoas individualmente.
  
1. OBJETIVO
  • Expressar-se artisticamente nas várias linguagens, cênica (teatro), visuais (pintura, desenho, fotografia, etc), sinestésica (dança) e musical.
  • Entender a arte como uma forma de expressão e comunicação presentes  em todos os povos de todos os tempos e lugares.
  • Reconhecer a importância da arte como patrimônio cultural e elemento formador da identidade cultural.
  • Desenvolver a imaginação, a percepção, a reflexão, a intuição, a fantasia, a observação, a sensibilidade e demais potencialidades necessárias à produção e apreciação da arte e construção de outros conhecimentos.
  • Valorizar as diferentes expressões artísticas de sua sociedade e o conhecimentos de seus produtores.
  • Reconhecer aspectos que diferenciam a arte  de sua cultura frente a outras culturas, indígenas ou não.
  • Registrar, conservar e divulgar as produções artísticas de sua comunidade/sociedade/povo e de outros.
  • Organizar informações e utilizar recursos, materiais, técnicas procedimentos variados e criativos de apreciação.






2. CONTEÚDOS - 1ª A 4ª SÉRIE
1- Arte, expressão e conhecimento
·        documentação das diferentes expressões artísticas  e culturais da sua comunidade tais como; danças, músicas, desenhos, pinturas corporais.
·        identificação e registro das pessoas e objetos confeccionado na família, comunidade,região, estado e de cada povo que desenvolvem atividades artísticas.
2- As técnicas de confecção de objetos
·         conhecimento de técnicas e materiais utilizados por outros povos indígenas e não indígenas
·         pesquisa e coleta de materiais que se encontram na natureza como; argila, sementes, pedras,     madeiras, cipós, fibras, tabocas etc, para confecção de diversos materiais.
3- A importância da música e da dança
·        identificação dos contextos em que se realizam a música e a dança na sua comunidade
·        conhecimento das relações entre música (vocal ou instrumental) e a dança
·        apreciação de canções entoadas por especialistas ou por pessoas da comunidade que têm conhecimentos específicos e que podem interpretá-las.
·        registro com desenhos, modelagem em argila ou vídeo de  diferentes tipos de danças dando especial atenção ao aspecto do movimento do corpo (conjunto e parte) e seu deslocamento no espaço.
·        registro por meio de textos, desenhos, gravações, vídeos e outros recursos
4- As pinturas corporais e a decoração dos objetos.
·        identificação na comunidade das situações e momentos em que as pessoas pintam o corpo , como isso é feito e seu significado.
·        estudo dos diferentes estilos de pintura corporal e decoração de objetos..
·        pesquisa sobre a história da pintura cultural na sua comunidade e em outras comunidades.
5- Análise de habitações
·        construção de maquetes da comunidade e das casa usando argila, barro, madeira, palha e outros materiais.
6- Conhecimento da natureza e a obtenção das matérias primas
·        expressão e comunicação de comunidades e concepções relacionadas com a paisagem local e tudo que a compõe:  floresta, lavrado, rios, igarapés, céu, arco-íris, animais etc.
·        compreensão da natureza enquanto patrimônio da comunidade e sua importância na vida cultural, social e econômica.
·        pesquisas de materiais que se encontram na natureza.
7-           Outras formas de artes e outros recursos materiais.
·        conhecimento de tantas outras formas de artes existentes em outros povos
·        compreensão da importância da produção artística da comunidade no contexto universal da arte.










HISTÓRIA

1. INTRODUÇÃO
Durante muito tempo a sociedade ocidental considerou os povos indígenas como povos sem história, isso porque não os reconheciam como sujeitos históricos atuantes na transformação de sua realidade, muito menos valorizavam suas narrativas sobre o passado, por esse motivo, os estudos na disciplina de história tenderam a desconsiderar as mudanças históricas que cada sociedade vive com o passar do tempo, difundindo-se assim a idéia nos manuais didáticos de que o modo de vida indígena não sofre transformações com o tempo.
Outro ponto que merece uma reflexão por parte dos educadores da rede de ensino estadual é a idéia de que a humanidade segue um caminho evolutivo, composto por estágios sucessivos no tempo. Neste caso os povos com pouco acesso as novas tecnologias são considerados “primitivos” enquanto os que dominam a escrita da Lingua Portuguesa e fazem uso freqüente das modernas tecnologias são identificados como “civilizados”. Essa forma de conceber a história, além de dificultar o reconhecimento da coexistência da diversidade técnica, gera idéias estereotipadas a respeito dos povos indígenas do nosso estado, taxando-os como “menos evoluído”, “atrasados” ou “primitivos”.
Ainda é muito comum, observarmos nos livros didáticos que são trabalhados nas escolas estaduais e municipais de nosso estado, textos e imagens que tentam passar a idéia de extinção inevitável dos povos indígenas. Todavia, desde a década de 70, essa idéia tem sido negada pelos próprios índios, que devido a opressão que sofreram no decorrer da história, encontraram em suas organizações uma forma poderosa de expressão politica e de reivindicação de direito histórico. Com o passar do tempo, pesquisas antropológicas, de historiadores e outros estudiosos serviram como subsídios indispensáveis na luta desses povos pelo reconhecimento como sujeito histórico na construção desse estado.  
Nesse sentido, o estudo de história, dentro das escolas indígenas do estado de Roraima não pode assumir as mesmas características do ensino nas escolas não indígenas, uma vez que pode e deve significar para os próprios povos indígenas a oportunidade de conhecimento cultural e consolidação de identidades, valorização das suas narrativas históricas, deve ser um momento de estudo das relações entre cada um desses povos com a sociedade do estado e do país.
É importante considerar ainda que cada sociedade se organiza de forma diferente, compreende a história de forma diversa e constroem concepções de tempo que precisam ser respeitadas, nesse sentido veja o depoimento de um professor indigena Katukina do Acre “ Eu quero pesquisar sobre o tempo da maloca: Como viviam na maloca? Como eram casa que moravam? Com que eles se alimentavam? Quem tomava conta primeiro? Como o chefe vivia com o povo dele? Como que a mulher do chefe fazia com outras mulheres? Que tamanho era o terreiro? Que tipo de caça que comiam? Saber o que curava as doenças. Que tipo de doença o pajé curava? Saber o que o pajé tomava?” (Francisco Teka, Professor Katukina, AC / RCNEI)

2. SUGESTÕES METODOLÓGICAS GERAIS DE 1ª A 4ª SÉRIE

“Cada historiador escreve as histórias que são importantes para seu povo. Na história do Brasil que a gente lê nos livros os índios não são registrados exatamente como eles são. A história que a gente vê escrita só registra os acontecimentos do povo dos historiadores, dos brancos, para dizer que são os poderosos. Por isso é muito importante que os próprios índios continuem a pesquisar e a escrever sobre a história de seus povos.”(Pianko, professor Ashaninka e Joaquim Maná, professor Kaxinawá, AC/RCNEI).

Antes de ir para sala de aula o professor precisa compreender que ele, apesar de ter mais conhecimento que os alunos, não é ele o único detentor dos conhecimentos históricos, nesse sentido ele precisa valorizar os conhecimentos Prévios de seus alunos, para isso ele deve provocar e organizar discussões sobre as informações que os alunos ja possuem, as novas informações que trazem das pesquisas, as conclusões tiradas nas confrontações de dados e debates.
Na intenção de auxiliar os professores em suas atividades no ensino de história, apresentamos na seqüência algumas sugestões, sem pretender “amarrar” as possibilidades de metodologias que os professores, queiram desenvolver.
·               A parte histórica do aluno, da família e da sua comunidade podem ser trabalhados com a presença de quem realmente conhece, em sala de aula ou fora dela, (pai, mãe, tio, avô, avó), ou o professor pode convidar um idoso da comunidade que se disponha a relatar suas vivencias e experiências naquele lugar. Dependendo da série o professor poderá estar direcionando as atividades a serem desenvolvidas pelo aluno, por exemplo, a um aluno de primeira série o professor poderá desenvolver pesquisa onde os alunos possam ouvir os pais para depois contá-las aos colegas e ao professor, desenhar, dramatizar, em sala de aula. Para um aluno que já domine a escrita essa pesquisa poderia vir acompanhado de registro, através de produções textuais diversas, gravações, desenhos, maquetes e gravuras
·               Ao aluno da 3ª série, onde o professor deverá aprofundar o conceito de história como ciência o amado mestre deverá levar os alunos a refletirem sobre o que é história? Qual a relação entre o conhecimento histórico produzido por estudiosos e a história dos povos indígenas de Roraima? Porque o estudo de  história faz parte do currículo de uma escola indígena? Qual o papel do estudo da história na relação que os alunos estabelecem com a sua sociedade e com os outros povos do presente e do passado, refletindo também sobre seus valores e praticas culturais, relacionando-as as problemáticas históricas de seu grupo, de sua localidade, de sua região e da sociedade nacional e mundial.
·                Quando estudar a parte de colonização do Rio Branco é importante que o professor retome os estudos sobre a formação da própria comunidade para que os alunos possam compreender melhor o significado de povoamento, ocupação, delimitação de território. Além disso, deverá discutir e deixar bem claro aos alunos o verdadeiro conceito de colonização e suas implicações aos povos indígenas de Roraima, Todas as sugestões podem ser trabalhadas através de estudos dirigidos, leituras em bibliografias especializadas, debates em sala de aula, mini-seminários, oficinas e outros. É importante que o professor entenda que o estudo de história nesse período deve levar o aluno a compreender quais as conseqüências da colonização sobre as línguas indígenas, educação, religiosidade, terra e território, enfim, precisa discutir os benefícios e malefícios da chamada “colonização do Rio Branco”.


Objetivos
·        Conhecer os relatos orais sobre a história de sua família, de sua escola e comunidade, valorizando quem são as pessoas que conhecem as histórias, como elas foram preservadas e como são repassadas de geração a geração.
·        Identificar as mudanças no modo de vida do seu povo, os acontecimentos que interferiram nestas mudanças, caracterizar e nomear os períodos.
·        Conhecer seu município, suas atividades econômicas, seu modo de vida, as relações da comunidade com a sede identificando as semelhanças e diferenças entre ambas. 
·        Identificar e refletir criticamente sobre algumas das relações, do presente e do passado, entre povos indígenas, Estado e Sociedade Nacional, bem como suas contribuições na formação do povo brasileiro.
·        Conhecer a história dos primeiros contatos do seu povo com os colonizadores ou com a sociedade nacional e outros momentos que interferiram na sua história.


4 ANO

6-     O que é história e porque estudá-la
7-     Fatos e fontes históricas
8-     A organização administrativa da comunidade indígena
. O cotidiano
. A contagem do tempo
. Formas de trabalho na comunidade
9-     A organização da comunidade não indígena
. O município
. A história do município
. O governo do município
10-  Os indígenas e a convivência com outros povos
 . A cidade
.  A relação entre indígena e a sociedade nacional
. Índios e não índios parcerias e resistências
. Preservação da cultura:
  - os costumes
  - as tradições
  - as crenças
11-  Datas comemorativas da comunidade

1-     A colonização do rio Branco
. Criação do município de Boa Vista
. Criação do Território Federal de Roraima
. Criação do Estado de Roraima
2-     A sociedade de Roraima
. Os imigrantes
. A população urbana
. A população rural
. A população indígena:
   - história das comunidades (relatos de pessoas idosas)
   - personagens históricas ( tuxauas, pajés, parteiras, professores...)
   - os direitos e as principais conquistas indígenas
   - a relação entre indígenas e não indígenas
   - as organizações indígenas do estado de Roraima
. Emprego, renda e moradia
3-     A mineração e a influência no povoamento do Estado
4-     Roraima e os poderes constituídos
. O povo e o poder
. O poder executivo do Estado e do município
. O poder legislativo do Estado e do município
. O poder judiciário
. Os símbolos do Estado e do município
5-     A formação do povo brasileiro
. Os primeiros habitantes
. A relação dos povos indígenas com a natureza
. A chegada dos portugueses
. A chegada dos africanos
. A relação entre indígenas, portugueses e africanos
       . O reconhecimento à diversidade cultural

GEOGRAFIA

  • OBJETIVOS
  • Compreender os processos de construção do conhecimento e o desenvolvimento das relações que se estabelecem entre os grupos humanos em diferentes espaços, percebendo-se como sujeito nessa complexidade social, cultural, política e econômico.
  • Conhecer e valorizar o conhecimento tradicional de seu povo em particular de sua comunidade sobre o seu espaço e sua cultura, isto é, com relação às formas de orientação espacial, à posição geográfica, os sistemas de representação espaciais, os sistemas de classificação do relevo, do clima, dos solos etc.
  • Identificar e avaliar as ações do homem, índios e não-índios, e as conseqüências nos diversos espaços e tempos de modo a formar uma compreensão capaz de participar ativamente nas questões socioambientais.
  3ª SÉRIE
  • Meio Ambiente e Qualidade de Vida
Componentes da natureza e o modo de vida
       . A água e sua importância
       . Os rios
       . Tipos de rios
 . Utilização dos rios
 . Campos
 .  Matas
. Cerrados
. Modificação das paisagens
. Identidade, cultura e gestão territorial:
. Localização do Estado de Roraima : na região norte, no Brasil e no mundo.
.Sugestão de metodologia ; Trabalhar com o mapa  identificando e localizando as regiões nos espaços geográficos.
  • Identidade, Cultura e Gestão Territorial
  . Agricultura comunitária
  . A pecuária
  . A pesca
  . A caça
  • Uso do Meio e Qualidade de Vida
. Divisão política e administrativa :
   . Comunidade
   . Região
   . Município
  • Projetos de autosustentabilidade

OBJETIVOS
CIENCIAS
3ª e 4ª SÉRIES

6-     Exame biométrico
7-     Noções de higiene corporal
8-     Esquema  corporal;
- movimentos do corpo na realização de atividades diversas
- domínio dos segmentos corporais ao movimentar-se com ou sem materiais
       4-  Qualidades e habilidades motoras básicas: força, velocidade, resistência, equilíbrio,     flexibilidade, agilidade
      5- Noções espaço-temporal: execução de
evoluções simples (duração, direção,
intensidade...), com formas combinadas
      6- Pequenos e grandes jogos e pré-desportivos
      7- Socialização
      8- Atividades rítmicas:
           - expressão corporal
           - dança folclórica e educacional
           - bandinhas
           - coral
   9- Movimentos criativos (fantoches, dramatizações, ginástica- historiada)
   10 – Educação alimentar

  




RELIGIÃO

OBJETIVOS

Conhecer, investigar, pesquisar e identificar os textos conhecidos como ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escritos pelas diferentes culturas religiosas, expressos na literatura oral e escrita, como em cantos, narrativas, poemas, orações, etc.
Caracterizar e respeitar lugares e templos sagrados, quais sejam: lugares, de peregrinação, de reverencia, de culto, de identidade, principais expressão do sagrado, igrejas, templos e variados locais.
Proporcionar o conhecimento dos elementos básicos que compõem o fenômeno religioso a partir das experiências religiosas recebidas no contexto do educando.
Possibilitar esclarecimentos sobre o direito a diferença na construção de estruturas religiosas que tem na liberdade o seu valor inalienável.

3. METODOLOGIA
Futebol, política e religião são temas que sempre geram discussões calorosa em qualquer ambiente, porém, dentro da escola temos que considerar a diversidade religiosa encontrada em sala de aula, por esse motivo, o professor precisa estar consciente de seu papel como mediador e sistematizador do conhecimento religioso presente em sala de aula , para não causar constrangimento aos educandos. Temos plena consciência de que esse é um tema um tanto difícil de trabalhar, pela complexidade do mesmo, no entanto, pode ser muito interessante desde que o professor saiba encaminhar as discussões, os momentos de debates, os estudos dirigidos, os mini-seminários e outros.
Outro ponto que merece destaque é o fato de este referencial ser dirigido a escolas, cuja escrita é ainda algo muito recente, em compensação a oralidade ainda é a forma mais comum de transmissão de conhecimentos entre os quais esta o religioso, alem disso, os principais detentores do conhecimento religioso é justamente os pajés, os rezadores que são os guias espirituais de boa parte da população, sem falar que parte desses conhecimentos são sagrados e nem todos podem ter acesso livre a eles. Por esse motivo sugerimos que o professor da escola indígena, ao trabalhar essa os conteúdos possam:
·       Realizar pesquisas visando levantar dados concretos sobre a diversidade religiosa existente em cada comunidade (evangélicos, católicos, pajés, rezadores e outros), sugerimos que essa pesquisa comece pela sala de aula com os alunos, onde cada aluno possa conhecer e fazer conhecida aos colegas a sua religião, de seus pais, os princípios e valores que norteiam tanto a sua como a religião do colega.
·       O professor ainda pode buscar meios (histórias contadas pelos mais velhos, leituras, pesquisas bibliográficas, etc.) que levem os alunos a conhecerem outras religiões que não estão presente em sua comunidade mais que outras pessoas de outros povos praticam em nosso estado, país e ate no mundo. É importante conheça profundamente essas diferenças e aprenda desde cedo respeitá-las. 
·       No momento em que for estudar temas sobre as origens (gênese), o professor precisa ser o mais neutro possível, ao invés de um ambiente tenso é importante que se crie um ambiente favorável para esse debate onde o educando possa se sentir bem, sem ser discriminado ou criticado. O professor precisa mostrar para o grupo que existe diferentes formas de conceber o mundo, as origens da humanidade, das florestas, dos rios e isso precisa ser respeitado por cada um. Isso pode ser alcançado através de conversas em grupo onde cada aluno deve falar e ouvir, perguntar, tirar as suas duvidas a respeito do diferente, etc.
·       A realização de seminários que envolvam os lideres religiosos presentes na comunidade pode ser um bom momento para os alunos e professores conhecerem melhor o outro. É importante observar que esse momento não deve ser utilizado para apontar os erros ou acertos do outro e sim um momento de conhecimento onde os lideres deverão expor a sua religião, as formas que crer, os conceitos sobre Deus, a vida, o próprio ser humano, a gênese, de forma que os presentes a conheçam melhor e a respeitem para que possam viver melhor em sociedade.
·       Leituras dirigidas em bibliografias especializada, pode ser uma ótima atividade que leve os alunos a conhecerem as bases tanto do criacionismo quanto do evolucionismo. Também sugerimos que essas leituras e possíveis debates que haverão de surgir não devem ter o objetivo de conversão ao criacionismo ou evolucionismo e sim de conhecimento do outro, quais os fundamentos que sustentam a crença de cada um para que ambos alem de se conhecerem possam se respeitar.

3.1 Sugestão de temas geradores
  
A PESSOA HUMANA
- Honestidade
- Valor pessoal
- Companheirismo e solidariedade
- ética: valores morais e espirituais.
- Ambiente escolar
- Igualdade entre os seres humanos
- Respeito
- Solidariedade e respeito por si e pelo próximo
- Deus – referência e fé
- Os deuses na cultura indígena
- Pajés e rezadores indígenas
O MUNDO E A PESSOA HUMANA
- A origem da vida para os povos indígenas
- O sentido da vida
- A comunicação humana
- A convivência humana
- Viver é crescer, é transformar-se
- O sentido da história
FAMÍLIA
- Origem
- sociedade, comunidade.

- Componentes e suas funções
- A árvore genealógica
- Família e desenvolvimento social
- Tipos de famílias
- Religiosidade familiar
- Problemas familiares
CONVIVÊNCIA SOCIAL
- Regras de convivência social
- Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA
- Religiosidade na comunidade
- Problemas sociais na comunidade
OUTROS TEMAS
- O homem e sua origem
- O ser material e o ser imaterial
- Evolucionismo ou criacionismo
- Bibliologia (estudo da Bíblia)
- A diversas religiões
- Humanismo, urbanismo, caridade e outros
- Conceitos da vida indígena
- Religiosidade e cultura
- Ecologia à luz da Bíblia
- Festas religiosas /populares e suas origens.


·        AVALIAÇÃO
O Ensino Religioso exige cada vez mais um professor,o intselectual, emocional e religiosa.lexivossor colarees.os, segundo os valores culturais indal. 33333333333333333333333333333  que atue com competência por meio de um conteúdo que dê condições ao aluno  de compreender o fenômeno religioso como histórico e que informe, integre e seja reflexivo, com uma avaliação do processo de aprendizagem auxiliando na aquisição de conceitos necessários para a sua formação intelectual, emocional e religiosa.

PRÁTICA DE PROJETOS

Os projetos têm como característica básica, um objetivo que é compartilhado pelos envolvidos, e que se expressa num produto final  que é o resultado do trabalho de todos.
Por outro lado, o trabalho com projetos proporciona o desenvolvimento da cooperação, cujos conteúdos podem ser definidos pelo professor, alunos e comunidade.
Os projetos envolvem temas sobre os quais serão desenvolvidas atividades. Alguns desses temas podem se repetir de tempos em tempos, como: festas, comemorações, programações  da  comunidade, mas outros podem ser planejados sempre que houver interesse e, principalmente necessidade na escola e comunidade.
Os projetos podem ser de curta ou média duração, envolver ou não outras áreas conhecimentos, isto é, interdisciplinares e resultar em bons resultados ou produtos.
Abaixo, é apresentado um roteiro para a elaboração de projeto. Entretanto, ele pode sofrer adequações diante do objetivo e da realidade da escola/ comunidade.

 Roteiro para apresentação de projetos:
·        Introdução – é a apresentação da idéias contextualizando o projeto e o tema de estudo
·        Justificativa – deve explicar a relevância do projeto, qual é a importância dele.
·        Objetivos - ´e onde se quer chegar, quais são as metas, que tipo de material educativo será produzido, que áreas de conhecimento serão envolvidas.
·        Metodologia – como será organizado o trabalho, de que forma se organizará cada etapa ou atividade, como se envolverão escola e comunidade nas atividades.
·        Plano de atividades – detalhar as atividades necessárias para atingir os objetivos.
·        Cronograma – Programar, organizar as atividades no tempo.
·        Orçamento – Se for financiado (se for o casão) levantamento detalhado de custos por atividades específicas.
·        Avaliação - Verificar se as atividades foram realizadas e se os objetivos foram alcançados.
·        Fontes de consulta – Escritas ou orais que fundamentaram o projeto.

SUGESTÃO DE PROJETO

                                    PROJETO DE LEITURA
ESCOLA ESTADUAL INDÍGENA PROFESSORA ELIENE CRUZ
NIVEL DE ENSINO 1ª a 4ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL
PROFESSOR RESPONSÁVEL: .........................................................
TEMA: LEITURA - O DESPERTAR PARA CIDADANIA
PÚBLICO ALVO: ALUNOS DA E.E.I. PROFª ELIENE CRUZ
PERIODO DE REALIZAÇÃO: FEVEREIRO A DEZEMBRO DE 2009
ANO DE REALIZAÇAO: 2009
NOME DO PROJETO: O DESPETAR PARA A CIDADANIA                                                                                              
LOCAL E DATA:
       
INTRODUÇÃO
O referido projeto aborda a leitura sob o prisma da sala de aula, ou seja, no nível do processo ensino aprendizagem, enfatiza a leitura como uma das práticas eficazes para o combate a todos os mecanismos de dominação que é imposto pela sociedade capitalista.
Assim sendo pode se destacar no decorrer do trabalho, os benefícios que a leitura trás para o indivíduo, bem como para o grupo social em que está inserido, abala ainda os entraves que devem ser superados para que o aluno garanta o pleno desenvolvimento da cidadania.
É importante ressaltar que o principal objetivo é oportunizar os alunos de 1ª a 4ª série da E. E. I. Profª Eliene Cruz, a perceberem a leitura como processo de crescimento, levando-os a uma postura crítica frente aos acontecimentos, pois como diz Piaget (1978) “Não se conhece realmente um objeto se não se agir sobre ele transformando-o”.

JUSTIFICATIVA
 Defende-se a formação do aluno leitor por entender-se que a leitura é um, dos métodos eficazes para conscientização, pois é através da compreensão e interpretação dos textos que o educando compreende o mundo.
 A escola enquanto local apropriado para garantir o saber formal, deve buscar mecanismos para auxiliar o aluno no domínio da linguagem oral e escrita, pois na sociedade atual é ela o instrumento que dá acesso a uma vida social plena.
 A linguagem é uma forma de comunicação necessária para o exercício da cidadania, pois amplia s possibilidades de partilha, informações e conhecimentos.
 As razões pelas quais  optou-se em desenvolver o tema são as seguintes:
    - Pouco interesse dos alunos nas aulas.
    - A dificuldade em expressar-se oralmente e por escrita.
 Defende-se a necessidade de formação do aluno leitor por entender-se que este deve ser acoima de tudo um leitor competente, pois sem a prática da leitura dificilmente compreenderá a sociedade atual.

OBJETIVO GERAL
Oportunizar os alunos de 1ª a 4ª série da E.E.I. Profª Eliene Cruz a perceberem a leitura como processo contínuo de crescimento., levando-os ao exercício pleno da cidadania.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
12-  Propiciar reflexão a respeito da importância da leitura.
13-  Conhecer o tipo de leitor existente na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª série.
14-  Identificar o tipo de leitura realizada pelos alunos de 1ª a 4ª  da Escola.
15-  Propor alternativas para formação do aluno leitor.
16-  Apresentar técnicas e metodologias na busca de resgatar o interesse pela leitura de acordo com sua cultura.

METODOLOGIA
O projeto procura identificar os tipos de concepções dos alunos, pais e professores diante da leitura criando assim condições de situações desafiadoras e conflitante ´pra que os docentes construam a partir desta prática a sua compreensão de leitura.
Nesta proposta apresentamos a aprendizagem como processo com o ensino globalizado, trabalhando a partir do interesse da comunidade na qual a escola está inserida e através das observações, questionários, depoimentos que procuram mostrar os fatores que venham a estimular o hábito da leitura e o que irá proporcionar.
Procura-se oferecer uma prática educativa integrada a realidade do aluno, dando oportunidade de ser ouvido, respeitado, propiciando a sua participação ativa nas lutas e decisões do grupo. Será trabalhada também, a produção de textos, sala de leitura, jogos didáticos, fichas, cartazes com rótulos, revistas, livros e jornais, cantigas de roda, canções da tradição e leitura com os pais.

AVALIAÇÃO
A avaliação do aluno será feita através da observação e registro da participação e desempenho do aluno e também dos pais nas atividades realizadas:
9-     Produção de textos.
10-  Dramatizações.
11-  Jogos com palavras.
12-  Criação e participação no cantinho de leitura na sla de aula.
13-  Confecção de cartazes com rótulos.
14-  Leitura livre na sala de leitura.
15-  Leitura individual.
16-  Pesquisa de palavras em jornais, revistas e outros materiais escritos.
17-  Bingo de sílabas e palavras.
18-  Jogos variados que estimulam o aluno à leitura.
19-  Oficina de textos.


CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADE
fevereiro
março
abril
maio
junho
julho
agosto
setembro
outubro
novembro
dezembro
Obs.:
Diagnóstico/Turma
X











Avaliação/Debate, diálogos, atividade leitura

X










Leitura individual, construção e interpretação de textos.


X









Assimilação do conteúdo em sala e aulas expositivas, exercícios práticos e teóricos



X
X







Planejamento, sala de leitura e seleção de textos





X
X





Avaliação, estudo dos textos, através de questões







X
X



Feira cultural com exposição dos trabalhos produzidos e apresentações.









X
X


OBRAS CONSULTADAS
Piaget, Jean. Psicologia Infantil ao alcance de todos. Rio de Janeiro, 1983.
Freire, Paulo. Ação Cultural para a Liberdade. Editora Paz e Terra, Rio de Janeiro,s/d.
Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa/ Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. - Brasília: A Secretaria, 2001.

  1ª a 4ª SÉRIE

·        Projeto Higiene
- Minha escovinha
- Mural Amigos da Higiene
- Imaginação e ação
- Dominó da higiene
·         Projeto da Alimentação
- Música: Eu sou forte
- Jogo das frutas
- Móbiles das frutas
- Fantoches das frutas
- Brincando de feira
- Qual é a fruta na língua indígena
·  Projeto Páscoa
- Música da coelha da Páscoa
- Arte e colagem
- Pintura e roupa do coelho
- Pesquisando
·        Projeto Índio
- O que é ser índio?
- Cultura indígena
- Arco e flecha
- Pintura indígena
- Cocar indígena
- Música indígena
- Dança indígena
·        Projeto Mãe
- Dia das mães
- Flores para mamãe
- Desenhos, pinturas
- Poemas
- Álbum para mamãe
- Mural das mães
- Música para mamãe
- Mensagem para mãe
- Brincadeiras com as mães
·        Projeto Festa Junina
- Montar a capelinha
- Música: Antônio, Pedro e João
- Menino caipira e menina caipira
- Artes
- Vestimentas
- Comidas típicas
- Álbum de receitas
- Mural dos rótulos
- Brincadeiras e convites
1-     Projeto do Papai
- Festa do papai
- Presente para o papai
- Música para o papai
- Mensagem para o papai
2-     Projeto Animal
- Seleção natural
- Animais em extinção
- Cuidados com os animais
- Habitação dos animais
- Animais domados pelos indígenas
3-     Projeto Meio Ambiente
- O homem modifica a natureza
- Lixo: o que fazer?
- Desmatamento
- Queimadas
- Reflorestamento
- Saúde e qualidade de vida
- Tipos de doenças
- Ambiente e os seres vivos
4-      Projeto Criança
- Lazer e brincadeiras
- Meu brinquedo favorito
- Música e poesias
- Cuidados com a saúde e segurança
5-      Projeto Jogos da Amizade
- Socialização entre as escolas
- Cultura indígena
6-      Projeto Plantas Medicinais e os Saberes Naturais Indígenas
- Resgatando as plantas medicinais
- Oração
- Benzedores
- Pajé
- Pesquisa de campo
7-     Projeto Leitura
- Leitura com os pais
- Café com letras
- Cantigas de roda
- Leitura da comunidade


TEMAS TRANSVERSAIS
                
A Lei Federal nº 9.394/96, em seu artigo 27, inciso I, também destaca que os conteúdos curriculares da educação básica deverão observar “a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e á ordem democrática”.
Nessa perspectiva, as problemáticas sociais em relação a  terra  e  conservação da biodiversidade, auto-sustentação, direitos, lutas e movimentos, ética, pluralidade cultural , saúde e educação será  ministrado  como temas transversais. Não se constitui em novas áreas/disciplinas, mas num conjunto de temas que aparecem transversalizados, permeando a concepção das diferentes áreas, seus objetivos, conteúdos, e orientações didáticas.
Os temas transversais que compõem o referencial curricular estadual indígena envolvem situações problemáticas sociais atuais e urgentes nas comunidades indígenas, por isso considerada de suma importância no cenário comunitário, estadual e nacional.
Os temas transversais nos permitem fazer a interdisciplinaridade com as diversas áreas de estudos.
Desta forma permite ao professor trabalhar temas polêmicos e específicos relacionados à realidade de cada comunidade.
   
1. OBJETIVOS
17-  Conhecer a diversidade do patrimônio etno-cultural brasileiro tendo atitude de respeito para com pessoas e grupos que a compõem reconhecendo a diversidade cultural como um direito dos povos e dos indivíduos e elementos de fortalecimento da democracia.
18-  Valorizar diversas culturas presentes na constituição do Brasil como nação, reconhecendo sua contribuição no processo de constituição da identidade brasileira.
19-  Reconhecer as qualidades da própria cultura, valorando-as criticamente, enriquecendo a vivencia da cidadania.
20-  Desenvolver uma atitude de empatia e solidariedade para com aqueles que sofrem discriminação.
21-  Repudiar toda discriminação baseada em diferenças raças/etnia, classe social, crença religiosa, sexo e outras características individuais ou sociais.
22-  Exigir respeito para si, denunciando qualquer atitude de discriminação que sofra, ou qualquer violação dos direitos de criança e cidadão.
23-  Valorizar o convívio pacífico e criativo dos diferentes componentes da diversidade cultural.
24-  Compreender a desigualdade social como um problema de todos e com uma realidade passível de mudanças.

2. METODOLOGIA
Apresentamos algumas sugestões de metodologia que deverão ser utilizadas pelo professor indígena conforme a sua necessidade e realidade. O professor não pode esquecer que na comunidade existem materiais concretos e fáceis de serem utilizados.
As metodologias a serem utilizadas pelos professores indígenas deverão ser com aulas dinâmicas e participativas que levem o aluno a refletir e conscientizar-se da importância da  preservação do meio ambiente, considerando a realidade na qual ele está inserido, isto é, sua comunidade, deve ser uma preocupação constante do professor.
Aulas dinâmicas com atividades práticas vivenciadas nos diferentes locais ao ar livre envolvendo a comunidade propiciam aos alunos, ricas trocas de conhecimento e conscientização, como por exemplo: Projeto Manejo do olho do buriti que busca esclarecer a importância do correto manejo para a preservação da planta e do fruto.
O professor trabalhará com diferentes metodologias de acordo com a especificidade que o tema propõe como, por exemplo:
20-  Confecção de cartazes; (é a transmissão de um fato sob a forma de folhetos);
21-  Palestras com lideranças da comunidade;
22-  Palestras com representantes de instituições governamentais e não governamentais;
23-  Pesquisas em varias fontes como livros didáticos, revistas etc...
24-  Reuniões comunitárias para discutir a biodiversidade;
25-  Trabalhos com mapas da comunidade/ região e estado;
26-  Seminários com alunos e lideranças da comunidade;
27-  Entrevista com os pajés, tuxauas, mulheres, coordenadores de organizações indígenas;
(formular questionários antecipadamente para entrevista); 
28-  Reportagem sobre o tema publicado em  jornal local e nacional ( publicadas em jornais ou destacada em programa de radio ou televisão);
29-  Produção de jornal; maquetes
30-  Projetos;
31-  Dramatização; composição de musicas regional;
32-  Trabalho em grupo;

TEMA 1 - TERRA E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE
               Esta temática proporciona ao professor indígena refletir sobre a importância deste tema na vida dos povos indígenas, pois, para muitos a terra (mãe) é vida e saúde no qual plantamos e colhemos os alimentos para os filhos.
               Os indígenas a partir dos conhecimentos transmitidos e adquiridos desenvolvem inúmeros trabalhos e atividades que levam à conservação da flora e fauna permitindo o equilíbrio da biodiversidade. Desta forma a escola é um meio para garantir a continuidade da preservação da vida e da relação do ser humano com o meio ambiente.
               Os saberes tradicionais indígenas devem ser valorizados nesta temática, pois proporcionam trabalhar os mitos e crenças de cada povo referente a Terra e a Biodiversidade. Que são conhecimentos repassados através da oralidade e convivência familiar ou comunitária. Por exemplo:
O tempo certo de tirar madeira ou palhas, levando em consideração as fases da lua. Por que se é tirada de qualquer maneira em qualquer hora não dura muito tempo dá bicho e apodrece logo e etc.
 São objetivos desse tema:
  • Conhecer a Constituição Federal do Brasil no seu artigo 231 que assegura o direito à terra e seu usufruto;
  • Conhecer a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalhos - OIT que assegura  o direito a terra  e seu usufruto;
  • Identificar e preservar a biodiversidade existente em áreas indígenas;
  • Identificar as áreas indígenas existentes no estado de Roraima;
  • Reconhecer a riqueza biológica de sua comunidade indígena, estado e do Brasil;
  • Reconhecer os materiais existentes na natureza que possibilitam as manifestações artístico/culturais de seu povo;
  • Conhecer e discutir a questão das terras indígenas e a situação fundiária no estado de Roraima.
  • Conhecer os processos de legalização das terras indígenas: identificação, demarcação, homologação, desintruzão,  indenização (Cf. RCNEI p. 96).

Dentro desse tema maior, podem surgir sub-temas para serem trabalhados, como por exemplo:
·       Lixo nas comunidades indígenas;
·       Tratamento do lixo – reciclagem e outros;
·        Preservação das sementes tradicionais;
·       Preservação dos animais, rios, igarapés, lagos, cacimbas e olho d'água;
·        Preservação e manejo das florestas – formas e locais adequados de desmatamento;
·       Degradação do meio ambiente através do plantio;
·       Contaminação por agrotóxico  que afeta a saúde das águas, flora,  fauna  e dos indígenas;
·       A importância da água para os povos indígenas;
·       Conservação do solo;

TEMA 2 - AUTO-SUSTENTAÇÃO
               O ser humano vive momentos de reflexão sobre as conseqüências da ação do homem sobre o planeta. O desequilíbrio vem trazendo grandes problemas para a sobrevivência dos povos indígenas, especialmente em relação ao uso dos recursos naturais.
               Os povos indígenas sempre viveram da caça, pesca e frutos da natureza, mas conviver com as grandes mudanças se tornou muito difícil devido as conseqüências que o desenvolvimento trouxe, os povos indígenas perderam os seus rios, caças e pescas porque foram contaminados pelos grandes projetos para atender  os ditos “ progressos” do País.
    As comunidades indígenas para fazer frente a tais dificuldades buscam alternativas para o seu auto-sustento e autonomia econômica, social, política e cultural através de Projetos comunitários.  Nos processos de produção e ajuda mútua na saúde, lazer e educação.
    A escola não pode ficar indiferente a estas questões, sendo de fundamental importância o desenvolvimento de ações, atividades e projetos interligando as várias áreas do conhecimento, matemática, geografia, história, ciências naturais e outras, objetivando sensibilizar, sugerir e buscar propostas de diferentes meios que garanta o auto-sustento das comunidades.
      No estado de Roraima, em algumas comunidades, as escolas já trabalham com o tema da auto-sustentação desenvolvendo projetos interdisciplinares, como por exemplo:
  • Plantio do abacaxi;
  • Plantas medicinais;
  • Oficinas de artesanato;
  • Projetos de roça, feijão, gado, entre outros.
  • Horta escolar;

    A partir do RCNEI alguns objetivos podem ser relacionados: algumas questões são de grande importância que os alunos tenham participação nas escolhas e decisões coletivas.

  • Permitir aos alunos uma escolha consciente sobre as alternativas de auto-sustentação que podem ser desenvolvidas pela escola  e comunidade;
  • Conhecer outras práticas produtivas para auto-sustento desenvolvidos por outros povos indígena em condições ambientais e socioculturais similares;
  • conhecer procedimentos e técnicas, adequadas culturalmente e ambientalmente corretas, que permitam o enriquecimento alimentar e a melhoria das condições de vida e saúde.
  • Refletir sobre o que permaneceu e o que mudou nessas praticas  produtivas e culturais,

TEMAS 3 - DIREITOS, LUTAS E MOVIMENTOS
 Este tema diz respeito aos direitos de todo o ser humano, índio ou não – direito à vida, à liberdade, direito das crianças, dos jovens, das mulheres, dos idosos, daquelas pessoas com necessidades especiais e outros mais. É importante ser tratado na escola indígena porque permite ao aluno conhecer seus direitos e contextualizá-los no âmbito mais abrangente dos direitos humanos.
 É importante para a nossa educação escolar indígena considerar os avanços obtidos através das lutas, dos movimentos dos professores, trocas de experiências e, sobretudo, quanto à legislação brasileira, no que diz respeito ao reconhecimento e garantia de uma educação diferenciada. Parecer do professor Enilton André da Silva, wapichana, RR.(Cf. RCNEI p. 100).
Os objetivos da inclusão deste tema na escola são os abaixo colocados com base no documento acima citado:
  • Informar as organizações comunitária e escolar do direito de se organizar, assegurado na Constituição Federal do Brasil aos povos indígenas;
  •  Conhecer os seus direitos de respeito à cidadania e à diversidade étnica e cultural;
  • Conhecer os movimentos sociais não-indígenas que contribuíram na luta pela consolidação dos direitos dos povos indígenas no Brasil ( movimento dos negros, das mulheres e outros);
  • Conhecer a história dos grandes movimentos indígenas a nível de base e regiões do Brasil.
  • Conhecer a história das organizações Indígenas e suas principais atividades.
  • Atuar no sentido de aplicar estes direitos na experiência escolar e no cotidiano das relações humanas e sociais com a sociedade.
  • Conhecer os tratados, fóruns, declarações e convenções de que o Brasil faz parte e que tratem de direitos humanos  e direitos do cidadão.
  • Conhecer as lutas e movimentos pela liberdade na história do Brasil e da América.(Cf. RCNEI p.100).
  • Conhecer  a lei  11.340/06 Maria da Penha que coíbe  a violência contra a mulher;

TEMA – 4 ÉTICA
               A ética interroga sobre a legitimidade de práticas e valores consagrados pela tradição e pelo costume. Trata, portanto, de discutir o sentido ético da convivência humana nas suas relações com varias dimensões da vida social; ambiente, a cultura, a sexualidade e a saúde.
               Ética tem a ver com o amor, com a solidariedade, com o respeito, com a justiça.
               Ética é um tema transversal que permite revelar e tornar conscientes tais princípios e valores, que sustentam as diversas formas de conhecimento e conduta. É a base para se formar opinião sobre a vida e as questões do cotidiano. Sua reflexão na escola apóia o esforço de permanente construção de regras sociais, alimentando o convívio de cada etnia e a solidariedade existente nas comunidades.
               No convívio escolar o aluno pode aprender a resolver conflitos em situações de diálogos, pode aprender a ser solidário ao ajudar e ao ser ajudado pode aprender a ser democrático quando tem oportunidade de dizer o que pensa, submeter suas idéias ao juízo dos demais e saber ouvir as idéias dos  outros.
               Trazer para a escola a discussão da ética é recolocar os valores particulares às sociedades indígenas como transversais à formação escolar, tornando-a um lugar de vivência dos princípios morais da comunidade.
Os objetivos da discussão ética podem ser assim colocados:
    - Desenvolver os valores da cidadania e dos direitos coletivos indígenas.
    - Permitir o fortalecimento de sua identidade.
    - Desenvolver os valores da cultura tradicional relacionados:
           . aos mais velhos
           . às crianças e aos jovens
           . às mulheres
           . aos valores familiares
           . aos rituais e à religiosidade
           . às artes, danças, cantos, alimentação, usos e costumes
           . à organização social.
    - Desenvolver e fortalecer o respeito:
            . às coisas sagradas
            . às decisões da comunidade
            . à natureza
            . à mitologia
            . às festas tradicionais
          . à vida e a saúde das pessoas.
- Ganhar  consciência sobre os seus próprios valores e os de sua comunidade e também conhecer e respeitar os valores de outras culturas.
-Estar ciente que qualquer pessoa pode ser uma liderança no futuro, homem ou mulher, por isso, é importante aprender a ter compromisso, responsabilidade, atitude, sigilo e participação.
(Cf. RCNEI p. 102).
     
TEMA 5 - PLURALIDADE CULTURAL
               Conforme os Paramentos Nacionais o tema Pluralidade Cultural busca contribuir para a construção da cidadania na sociedade brasileira.
Nesse sentido, a escola deve ser local de aprendizagem de que as regras do espaço público democrático garantem a igualdade, do ponto de vista da cidadania, e ao mesmo tempo a diversidade, como direito. O trabalho com Pluralidade Cultural se dá, assim,  cada instante, propiciando que a escola coopere na formação e consolidação de uma cultura da paz, baseada na tolerância, no respeito aos direitos humanos universais e da cidadania compartilhada por todos os brasileiros. Esse aprendizado exige, sobretudo, a vivência  desses princípios democráticos no interior de cada escola, no trabalho cotidiano de buscar a superação de todo e qualquer tipo de discriminação e exclusão social, valorizando cada individuo e todos os grupos que compõe   a sociedade brasileira.
Este tema  trata da diversidade de culturas que existem em todos os lugares e em diferentes grupos humanos. Por isso é importante que o aluno visualize em seu contexto essa diversidade e perceba que entre os povos indígenas. O conhecimento da realidade do aluno deve ser estudado sempre comparando com os de outras culturas, de diferentes povos.
    Entre os objetivos principais do tema podem ser mencionados:
     - Estabelecer o diálogo respeitoso entre os indivíduos e as diferentes culturas com as quais convive.
    - Possibilitar um ambiente de respeito entre os diferentes alunos na escola e entre estes e o professor.
   - Apoiar a dimensão bilíngüe e multilíngüe do projeto pedagógico.
   - Relacionar, nas diferentes áreas de estudo, os conhecimentos e valores das diversas culturas, tendo como base a própria cultura dos alunos.
    - Favorecer a compreensão da relação entre sociedades indígenas e sociedade envolvente.
(Cf. RCNEI p.104).
   
 6 – SAÚDE E EDUCAÇÃO
O tema Saúde e Educação busca repensar a cultura de saúde dos povos indígenas, valorizando os conhecimentos acumulados por esses povos ao longo de séculos e buscando alternativas eficientes para os novos desafios a serem enfrentados.
Este tema pode ser tratado em muitas situações em sala de aula, nas diversas disciplinas. Em História, pode-se estudar a ocorrência de doenças ao longo do tempo; em Geografia, o fato de que diversos fatores estão relacionados a saúde e doença e, especialmente, em Ciências, onde são tratadas as relações do organismo humano com o meio ambiente.
A temática Saúde e Educação atende seus objetivos ao:
    - Informar aos alunos que a valorização da saúde do indivíduo e da coletividade é importante para a comunidade.
    - Sensibilizar para a identificação dos fatores que beneficiam ou prejudicam a saúde.
    - Capacitar quanto ao conhecimento de medidas práticas de prevenção de doenças e aos meios eficientes de promoção, proteção e recuperação da saúde.
    - Colaborar na identificação das doenças, comunicando os casos detectados na escola ao órgão de saúde competente.
    - Valorizar a medicina indígena como método eficiente de tratamento de muitas enfermidades.
    - Conhecer e valorizar os diferentes tipos de curas que podem ser usadas em muitas enfermidades.
    - Conhecer as doenças que são transmissíveis e seus meios de prevenção e tratamento.
    - Conscientizar-se da importância de prevenir e tratar as doenças que são transmitidas pela relação sexual.
- Reconhecer que a saúde é um direito de cada um e praticá-lo em relação a si mesmo e na relação com a sociedade envolvente.
    - Conhecer e aplicar os cuidados necessários para o consumo de alimentos advindos  das relações de contato.
    - Identificar o consumo excessivo de álcool como um risco para a saúde.

    Os contextos de aprendizagem podem ser construídos considerando-se os seguintes aspectos:
a) O que é saúde? – compreensão do grupo.
. Higiene corporal;
     . Higiene do meio em que se vive;
     . Tipos alimentação saudável;

b) Saúde e doença na comunidade:
     . Identificar os problemas que prejudicam a saúde na comunidade;
     . Identificar os seus principais determinantes;
     . Como a comunidade trata os doentes;
     .Trabalhar a questão da preservação ambiental para a boa saúde;
    . Trabalhar novos métodos para a prevenção de doenças e o cuidado de sua saúde;
    . Trabalhar o resgate da medicina natural ou tradicional indígena;
    . Respeitar as normas de prevenção às doenças estabelecidas pela sua cultura.
·        Políticas de saúde e sistemas de saúde para os povos indígenas.
. Permite colocar a questão do direito de cidadania, do controle social dos povos indígenas sobre a política de saúde, de sua participação nas instâncias de decisão.
d) Doenças Sexualmente Transmitidas (HIV);
  • A AIDS é uma doença incurável diante disso se faz necessário que a escola junto a comunidade tome uma decisão em relação ao tema.  Em algumas comunidades indígenas falar de sexo ainda é um tabu porque culturalmente não é comum em alguns  povos . Mas a preocupação é que já existe casos em algumas comunidades e se não houver  esclarecimento alguns povos desaparecerão porque é uma doença que  os nossos pajés   e rezadores não conseguem curar com seus remédios tradicionais.
  • Transmissão; prevenção; Existe uma saída?
-Qual a principal causa, é o fluxo de pessoas, é a liberdade ou a forma que se dá a informação/
  e) Gravidez na adolescência;
 
   f) Drogas e alcoolismo;
  
MATEMÁTICA

1. INTRODUÇÃO AO ENSINO DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
Em todas as épocas e em todas as culturas, a matemática e a língua materna constituem dois componentes básicos dos currículos escolares. Tal fato era traduzido, em tempos antigos, pela caracterização da função tríplice da escola, como lugar que se aprenderia a ler, escrever e contar- O que significava, sinteticamente, uma dupla alfabetização: no universo das letras e dos números.

2. OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO DA MATEMÁTICA
O ensino da disciplina de matemática nas escolas indígenas tem por objetivo que o aluno aprenda a utilizar conceitos matemáticos na formulação de hipóteses sobre a solução de uma determinada situação problema comum ao seu cotidiano, sendo ele de ordem pessoal ou social, más que leve o aluno a refletir sobre a sua própria realidade atuando de forma direta na melhoria de sua comunidade utilizando de uma inter-relação entre a matemática e os recursos tecnológicos em função de promover soluções para os problemas do dia-dia do aluno.
Vale ainda ressaltar os seguintes pontos:

1) Identificar os conhecimentos matemáticos de sua cultura bem como meios para compreender, resolver situações a sua volta valendo-se das ferramentas que a matemática oferece.
2) Perceber o caráter intelectual característico da matemática, como aspecto que estimula o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento do raciocino e a capacidade para resolver problemas.
3) Resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados, desenvolvendo formas de raciocínio e processos, como intuição, indução, dedução, analogia, estimativa e utilizar conceitos e procedimentos matemáticos disponíveis,
4) Saber transmitir idéias matemáticas fazendo uso da linguagem oral (em língua portuguesa e indígena) e saber relacionar enunciados com representações matemáticas.
5) Estimular o estabelecimento de conexões entre temas matemáticos e temas de outras áreas como história, geografia, lingüística e ciências, entre outros.
6) Sentir-se seguro da própria capacidade de construir conhecimentos matemáticos,desenvolvendo a auto estima e a perseverança na busca de soluções;
7) Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente em busca de soluções para problemas propostos identificando aspecto consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com ele.

3. INTRODUÇÃO A METODOLOGIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA
É consensual a idéia que não existe um caminho que possa ser identificado como um único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular, da matemática. No entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de aula é fundamental para que o professor construa sua prática de trabalho.PCN.

4. METODOLOGIAS DO ENSINO DA MATEMÁTICA

4.1 Resolução de problemas
O fio condutor do trabalho do componente de matemática é a resolução de problemas, pois é uma metodologia que permeia todo o processo de ensino e aprendizagem. Essa metodologia representa muito mais que ensinar o aluno a utilizar técnicas operatórias ou procedimento algorítmico: implica que o aluno acione sua rede de conhecimentos, faça ligações, estabeleça conexões entre tópicos de Matemática e entre outras áreas do conhecimento. Implica ainda que o aluno selecione e mobilize diferentes estratégias apropriadas a cada nova situação.
A metodologia de resolução de problemas significa ainda um processo de investigação no qual todo o conhecimento do aluno é combinado, associado, para que ele resolva de forma criativa e autônoma uma situação-problema de qualquer área do conhecimento. Significa, por fim, principalmente uma possibilidade de o aluno agir com competência em diversas situações a que for exposta: Em situações do cotidiano e em situações da escola, planejadas com objetivos específicos.
Em todas as situações propostas o fundamental é que o aluno seja questionado o tempo todo e solicitado a defender argumentar e justificar suas idéias, mesmo que as soluções não sejam as mais “convenientes” naquele momento: que ele seja estimulado a avaliar a sua própria resposta, o próprio problema, transformando-o numa fonte de novos problemas.

4.2 História da Matemática
A abordagem de conceitos via História da Matemática também é uma metodologia que permitir a construção de um contexto para uma aprendizagem significativa. Essa abordagem tem como objetivo resgatar a história do homem como sujeito criador ao longo do tempo e compartilhar com os alunos o fato de que as idéias e os conceitos atualmente ensinados e aprendidos na escola são, na realidade, frutos da construção do conhecimento matemático em épocas passadas e atuais.

4.3 Jogos
Os jogos no ensino e aprendizagem em Matemática é mais uma metodologia que deve permear o processo de ensino e aprendizagem, principalmente nas séries iniciais, a exploração de jogos nessas séries contribuir para o desenvolvimento da comunicação, do trabalho em  grupo, de atitudes, de normas, de conceitos, dentre outros aspectos. O jogo de regra também deve permear as séries do ensino fundamental, pois ele desenvolve o instinto coletivo do indivíduo.
Além do aspecto lúdico e prazeroso do ato de jogar, as relações propiciadas pelo jogo de regra são fundamentais para a formação do aluno. Os jogos de regras devem ser inseridos num contexto de Problematização e de investigação, pois nessa perspectiva, os jogos permitem ainda o desenvolvimento de noções numéricas e medidas espaciais, transformando-o num excelente recurso de estratégia nas aulas de Matemática.

4.4 Tecnologias da informação
O uso da tecnologia é uma metodologia que deve ser avaliada sobre as possibilidades e limites do uso da mesma pelos alunos.
A escola deve transformar as informações em conhecimento, é necessário selecionar as informações pertinentes numa determinada situação, analisá-las, sintetizá-las, transformá-las em conhecimento tendo em vista a sua vinculação e aplicação em um contexto para além dos muros da escola.

5. SUGESTÕES METODOLÓGICAS

 A metodologia aplicada ao ensino da Matemática procura responder as perguntas: como surgiu, de que maneira ela se apresenta no cotidiano e em que ela pode nos ajudar.
 É mostrado também aos alunos que a matemática se conecta com outras áreas de conhecimentos científicos e tecnológicos. E o papel dessa ciência nas transformações sociais em momentos importantes da história, respeitando as características de cada grupo de alunos e comunidade. 
 

 O professor em sala de aula deve:
33-  Estimular o aluno a pensar, raciocinar, descobrir, relacionar idéias, isto é, criar autonomia no aprender, ao invés de apenas imitar e repetir modelos;
34-  Trabalhar por meio de situações-problema que envolvam questões familiares e comunitárias que façam o aluno pensar, analisar, julgar e decidir-se pela melhor solução;
35-  Mostrar que o conteúdo tem significado, que é importante para a vida  em comunidade e sociedade em geral ou que ajudará a entender melhor o mundo em que vive;
36-  O trabalho deve se desenvolver de forma contextualizada e interdisciplinar, isto significa aproveitar ao máximo as relações entre os conteúdos e o contexto pessoas e comunitário/social do aluno, só assim o aluno vê significado no que lhe proposto para estudar. Pode-se, ainda, relacionar diversas atividades que auxiliam aos alunos a aprenderem melhor  os temas em desenvolvimento.

5.1 Leitura
37-    Leitura, interpretação e resolução de problemas que envolvam os diferentes conteúdos desde as quatro operações até equações e inequações, partindo de materiais concretos;

5.2 Pesquisa
38-  Pesquisas e coleta de dados para construir tabelas e gráficos  sobre os diversos aspectos da comunidade;

5.3 Jogos
39-  Construção de jogos matemáticos envolvendo as quatro operações e outros conteúdos;

5.4 Atividades variadas Individuais e coletivas
40-  Atividades com a reta numérica identificando números positivos e negativos;
41-  Execução de trabalhos em grupos para estimular a cooperação atendendo em grupos diferentes, as necessidades e aprendizagens dos alunos;
42-  Atividades, exercícios e procedimentos didáticos com o mesmo conteúdo para facilitar a compreensão, a aprendizagem e a fixação do mesmo;
43-  Atividade de compra e venda.
44-  Confecção de cartazes
45-  Trabalhar as notas do aluno, idade, freqüência, aprovação, reprovação e etc.em formas de gráficos, tabelas e porcentagens, etc.
46-  Construção de maquetes: escola, comunidade, roça, horta, etc Fazendo a escala de medidas.
47-  Converter a medida padrão em medidas da comunidade ex.(lata, litro de farinha em quilo).
48-  Interpretar gráficos de jornais e revistas.
49-  Construir gráficos  a partir dos problemas (sistemas).
50-  Utilizar extrato bancário para calcular juros de empréstimos: compras a prazo, tendo em vista poder escolher em comprar à vista ou a prazo por exemplo.

3ª SÉRIE
25-  Números e operações
. Conjunto e elementos
. Tipos de conjuntos
. Operações com conjuntos
. Sistema de numeração decimal: (unidade, dezena ,centena)
. Antecessor e sucessor
. Valor absoluto e relativo
 . Números romanos
. Números ordinais
. Números naturais: ( adição, subtração, multiplicação e divisão0
. Operações com números naturais
.Números fracionários: (noções, comparações, leitura, tipos, representação, adição e subtração)
. Operações com números naturais - problemas
26-  Espaço e Forma
. Curvas abertas e fechadas
. Retas e segmentos de reta
. Retas paralelas e concorrentes
. Sólidos geométricos
27-  Grandezas e Medidas
. Medida de comprimento: (metro, centímetro, milímetro, quilômetro)
. Medida de massa: (quilograma, grama, miligrama, tonelada)
. Medida de tempo: (dia, hora, minuto, segundo, semanas, meses e ano)
28-  Sistema monetário brasileiro 
. Compra e venda
5- Tratamentos de informações
. Leitura de tabelas simples
. Leitura de gráficos simples


























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