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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

TROVÃO E O PURAQUÉ


TROVÃO E O PURAQUÉ











            Trovão era um homem muito bravo, quase ninguém ia em sua casa lhe fazer uma visita, todas as manhãs ele saía para fazer o seu trabalho soltar os seus raios e gritar com sua voz grossa no céu. Trovão era um homem temido o som da sua voz assustava todo mundo e principalmente outros homens que morriam de medo só em escutar o som da sua voz.
            Trovão tinha uma filha por nome susui, ela era uma moça muito bonita e cuidava de seu pai, mas era muito solitária, pois seu pai assustava todos que se aproximavam dela. Um certo dia ela conversou com seu pai e lhe disse que já estava ficando velha e que precisava de um marido e queria a permissão dele para se casar, seu pai  ficou bastante irritado com aquele pedido, mas ficou pensando e fez uma proposta à sua filha. Trovão disse à ela que seu marido teria que ser forte, corajoso e segurar um banco para ele sentar quando ele chegasse do trabalho, aquele que agüentasse casaria se com ela, quem não agüentasse morreria, pois trovão quando voltava para casa, vinha com raiva soltando seus raios e relâmpago. Susui aceitou o desafio e a noticia se espalhou em toda região, e alguns rapazes se interessaram na moça, pois ela era muito bonita, mas o único problema é que ela era filha do trovão.
            Um certo dia pela manhã apareceu um jovem na casa de trovão, era um pretendente a noivo de susui, o rapaz era alto forte e muito corajoso. Susui disse à ele o que ele teria que fazer, falou um pouco de sua vida e também de seu pai, o rapaz fez várias perguntas a respeito do trovão e a cada resposta de sua filha ele ficava nervoso. Quando deu lá pelas quatro horas da tarde trovão começou a dar seus sinais de chegada, começou a abrir sua camisa e soltar seus raios, a moça pegou um banquinho e deu ao rapaz para que ele pudesse pegar para agüentar seu pai quando ele descesse, pois ele vinha com toda força, os raios começavam a chegar mais perto raios relâmpagos e trovões. O rapaz ao ouvir cada vez mais perto a fúria do trovão começou a tremer e quando o trovão desceu ele tentou segurar o banquinho, tudo nessa hora estremesseu, o rapaz levou um grande choque e desmaiou. Sua filha ficou triste e seu pai começou a rir em voz alta.
            Com essa noticia muitos outros pretendentes vieram se arriscar para conseguir a mão da bela susui, todas as tentativas foram em vão e a moça já estava perdendo as esperanças, pois seu pai sabia que ninguémagüentaria sua f’úria. Existia no lugar um homem chamado Puraquê, que morava em um lago, ele era um peixe elétrico, seu corpo possuía uma energia muito forte,em forma de homem ele era moreno, alto e muito magro.
            Um certo dia Puraqué foi até a casa do trovão para conhecer sua filha,ao vê-la ele ficou encantado com sua beleza e resolveu se apresentar a ela, a moça ficou observando Puraqué por alguns instantes e o achou muito fraco e também muito magricela e pensou que não agüentaria a fúria de seu pai, pois vários outros mais fortes vieram e não conseguiram segurar o banco de trovão. Ela ficou conversando com ele por algumas horas até dar o horário da chegada de seu pai. Ao cair da tarde a ventania começou a ficar intensa e os relâmpagos começaram a aparecer no céu, susui avisou ao Puraqué que a vinda de seu pai estava próxima, mas ela viu que a reação de Puraqué foi diferente dos demais pretendente, pois não esboçou nenhuma reação de nervosismo nem de medo, e cada vez mais trovão chegava bravo e a jovem pediu que puraqué pegasse a cadeira para que seu pai sentasse, trovão desceu e quando foi sentar na cadeira puraqué o aguentou com toda a sua força e ainda deu lhe um grande choque fazendo trovão cair da cadeira. Trovão ficou muito surpreso e perguntou o nome do rapaz, ele disse que era puraqué e que estava ali para casar com sua filha, trovão levantou-se do chão e concedeu a mão de sua família a puraqué, o único homem que conseguiu segurar a cadeira para que ele sentasse e ainda lhe deu um choque.E assim puraqué se casou com a filha do trovão...


Ps: puraqué é o peixe elétrico que vive nas águas da amazônia





Essa história está registrada no cartório do 2ª Ofício Deusdete coelho Boa Vista RR e todos os direitos autorais pertence a IvonioSolon. Em caso de pesquisa a fonte deverá ser citada.

NAPOLEÂO E OS CANAIMÉS





Essa história foi contada pelo meu tio Zé neves que conhecia histórias antigas e me contou, antes de morrer. Existia um homem que se chamava Napoleão ele era macuxi e morava na região de Normandía numa pequena maloca de poucos habitantes, ele vivia da caça e da pesca e morava sozinho em uma pequena casa dentro da maloca. Numa certa tarde Napoleão estava fazendo algumas flechas em sua caça quando apareceram em sua casa cinco homens e um garoto que aparentava ter uns dez anos mais ou menos, e também tinha um mais velho que pela sua fisionomia deveria ter uns sessenta anos, eles estavam de passagem e pediram hospedagem na casa de Napoleão, ele na sua engenuidadade os recebeu com muita hospitalidade permitiu que os mesmos se hospedassem em sua casa naquela noite.
            Ä noite Napoleão ofereceu uma damurida de peixe que ele tinha acabado de fazer, e no decorrer da janta ele começou a fazer algumas perguntas para aqueles viajantes, mas somente o mais velho conversava com ele, pois aqueles homens eram índios wapichanas e não falavam o português, mas o velho, porém, falava também o macuxi e então facilitou o diálogo entre os dois. O velho wapichana contou a Napoleão que eles estavam viajando para a Guiana Inglesa e que iriam fazer algumas compra como machado, terçado, foice, enxada e outras coisas, e em suas bagagem levavam muita bola de fio, fio de algodão tecido a mão, Napoleão ficou interessado na conversa, pois, ele também possuía muitos fios de algodão que sua mãe tecía e pensou que pudesse ir com eles até a guiana trocar esses fios por algumas coisa. A conversa naquela noite foi longa, e o velho wapichana concordou que Napoleão fosse com eles naquela viagem, e ele disse que sairiam cedo lá pelas quatro da manhã, Napoleão se preparou e foi até a casa de seus pais avisar que iria até a Guiana.
            Pelas quatro da manhã os homens saíram e Napoleão os acompanhou, a viajem seria longa, pois todos iam a pé, eles caminharam por um longo caminho até chegarem a beira de um igarapé, pararam para comerem alguma coisa e descansaram um pouco em baixo das arvóres, os homens comunicavam entre sí e Napoleão não conseguia entender nenhuma palavra, depois que descansaram o mais velho começou a falar algo para os outros e ele tirou de dentro de uma Broaca uma pequena batatinha rôxa e pediu que os homens passassem na batata de suas pernas e no solado dos pés ele pediu que Napoleão passasse também, ele perguntou para quê serviria aquilo, o velho respondeu que era para não ficarem cansados e nem sentir sede. Depois que o velho passou a batata na perna de Napoleão, ele sentiu sua perna adormecer e leve, muito leve e quase não sentia suas pernas e seus pés, a viajem continuou e Napoleão sentia que não estava caminhando e sim flutuando no ar atravessaram o rio Tacutú em questão de horas e chegaram em uma maloca já dentro da Guiana, ficaram acampado no pé de uma serra, a tarde eles saíram rumo a maloca dizendo que iriam procurar comida e Napoleão foi junto com eles, ao chegarem na maloca viram uma casa na beira de uma ilha e lá tinha uma menina que puxava água do poço o velho mandou que um dos homens fosse até lá para ver alguma coisa e os outros ficaram esperando lá, o homem voltou em seguida e disse algo para o velho ele balançou a cabeça e pediu que o menino fosse com ele, os dois seguiram em direção da casa, os outros ficaram observando de longe, Napoleão tirou a vista por alguns minutos, mas ao olhar novamente avistou dois tamanduás um grande e um pequeno assustando a menina, ela desmaiou e os outros correram pra lá napoleão foi junto com eles, ao chegar lá viu o velho falando na língua com o menino ele dava instruções para que ele cortasse a língua da menina, os pulsos e o pescoço.
            Naquela hora Napoleão percebeu que ele estava no meio dos Canaimés e que o mais velho estava ensinando o menino a matar gente, ele ficou muito nervoso e pensou em sair correndo, mas o velho o chamou e disse que ele teria que ajudar a matar também a menina, pediu que Napoleão pegasse folhas de caimbé e enfiasse na bunda dela, Ele disse que não podia fazer aquilo, o velho o ameaçou e disse a ele que se não fizesse eles o matariam ali mesmo. Contra a vontade Napoleão fez o que o velho pediu a ele, e os outros riam e maltratavam da menina, mas o menino era o que mais fazia mal a ela. Depois que o trabalho foi feito eles voltaram para onde estavam acampados, Napoleão estava com muito medo, pois estava no meio dos bichos, no meio dos temidos rabudos ele ficou ali sem fazer nada calado. Eles ficaram ali durante três dias no pé da serra, não comiam nada, só bebiam água, somente o mais velho saía a noite.
            Passaram-se três dias e os canaimés estavam alegre naquele dia, conversavam muito e riam muito, o velho se aproximou de Napoleão e disse a eles que aquela noite eles iriam beber e comer  muito, Napoleão não conseguiu entender o que ele quis dizer. Quando chegou a noite o velho disse que estava na hora e todos saíram em direção de uma estrada e chegaram no túmulo da menina que estava enterrada debaixo de um pé de caimbezeiro, os bichos começaram a cavar e Napoleão presenciou algo que nunca tinha visto em sua  vida, quando terminaram de cavar ele viu o cadáver da menina que se levantou por ela mesma e trouxe em suas mãos uma pequena cuía, seu corpo começava a soltar a salmôra do corpo, a pele se soltava e toda a água de seu corpo estava saindo. A menina pegou a cuía e deu ao velho ele pego em suas mãos e deu ao menino que pegou e em seguida tomou aquele liquído, ele foi repassando aos outros em seguida ele viu o menino se transformar em porco do mato e saiu correndo, ele viu outro que se transformou em raposa. A cuía chegou até Napoleão e o velho falou a ele que teria que tomar também, ele pegou a cuía e olhou dentro dela e tinha um liquído esverdeado semelhante ao caxirí e viu também alguns Tapurús (larvas) que rodavam dentro, ele estava com muito nojo, porém o chefe dos canaimés o obrigou a tomar e ele tomou, o fedor era horrível, mas porém, o gosto era muito doce parecia caxiri maduro quando levanta bem docinho.
            Depois que tomou aquele liquído Napoleão sentiu algo estranho dentro da sua mente e do seu corpo, em sua mente escutava muitas vozes de agônia, risos e pavor, ele parecia estar em transe, bêbado, drogado ou algo parecido, ele olhou para seus braços e viu que estava criando pelos e todo o seu corpo também, parecia que todo o seu corpo estava se quebrando, ele também estava criando rabo, sentiu que estava se transformando em macaco e saiu correndo para a serra, lá viu muitos animais de várias espécies, todos reunidos como se estivessem festejando alguma coisa, todos imitavam os bichos do mato. Napoleão acordou no outro dia com sua cabeça que estava para estourar de muita dor, ao seu lado estava apenas o velho chefe dos canaimés que somente achava graça de Napoleão, ele disse a Napoleão para que nunca contasse o que tinha vivenciado naqueles dias, pois se ele contasse eles iriam atrás dele para mata-lo. Napoleão voltou sozinho para sua maloca e ainda não conseguia acreditar naquilo que tinha acontecido com ele, parecia tudo um pesadelo, algo misterioso e inexplicável, e ele tinha certeza que se ele contasse aquilo ninguém jamais acreditaria em sua história.
            Napoleão passou alguns anos guardando aquele segredo, porém um dia resolveu contar a seu filho mais velho e disse a ele que eles o matariam, mas se isso acontecesse era para eles vingarem sua morte e esperar os canaimés em seu túmulo. Depois de uma semana que Napoleão contou o segredo os Canaimés começaram a persegui-lo até que um dia conseguiram mata-lo, seu filho já sabia o que tinha que ser feito, chamaram um pajé que sabia fazer oração e ele veio até o corpo de napoleão e pediu que a família jogasse soda caústica em cima do corpo e pediu que o enterrasse, mas os filhos foram fazer virgilia no cemitério armados com espingarda uns de bala de cêra, outros com chumbos mesmos. Ao terceiro dia, a noite os rabudos vieram para fazer a festa, começaram a cavar e quando o primeiro começou a beber a salmôra teve uma suspresa sua boca começou a derreter por causa da soda caústica, os outros também ficaram do mesmo jeito, os filhos e parentes de Napoleão tacaram chumbo e cêra no peito, na cabeça, na barriga e nas costas dos Canaimés, tentaram correr, mas já era tarde, eles fizeram uma grande fogueira e queimaram todos os canaimés que viraram cinzas, depois de algum tempo várias plantas nasceram no lugar onde os bichos foram mortos.
            Essa história foi contada pelo meu tio Zé neves Solon que conheceu o filho de Napoleão quando trabalhava na fazendo dos brancos como vaqueiro, depois desse feito o filho de Napoleão também foi 
perseguidopelos canaimés, mas isso já é uma outra história.







ESSA HISTÓRIA ESTÁ REGISTRADA EM CARTÓRIO E TODOS OS DIREITOS AUTORAIS PERTENCE A IVONIO SOLON, EM CASO DE PESQUISA A FONTE DEVERÁ SER CITADA.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

COMO SE FAZ O CAXIRÍ (PAJUARÚ)

É com vocês o Caxirí na cuía.

o caxiri é uma bebida indígena feita da massa da mandioca, usada como alimento quando está doce, mas quando fica fermentada depois de dois dia que levanta torna-se uma bebida alcoolíca fortissíma.

1º PASSO: A MANDIOCA É RASPADA, RALADA OU SERRADA, DEPOIS LEVA A MASSA PARA PRENSA PARA SER RETIRADO O TUCUPÍ QUE É UM VENENO NATURAL DA MANDIOCA BRABA.

2º PASSO: DEPOIS DE PENEIRADA A MASSA É LEVADA AO FORNO PARA SER FEITO O BEIJÚ QUE É DIFERENTE DAQUELE COMIDO COM A DAMURIDA, ELE TEM QUE SER QUEIMADO.







3º PASSO: O CAXIRI SERÁ DEITADO NO CHÃO, ANTES É COLOCADOS CINZAS FORRADAS COM FOLHAS DE BANANEIRAS



4º PASSO: BEIJÚ É MOLHADO E JOGADO EM CIMA DAS FOLHAS DE B
ANANEIRAS



AS MULHERES MAIS VELHAS ANTIGAMENTE DEITAVAM O CAXIRÍ SEM ROUPA ELAS ACREDITAVAM QUE ASSIM ELE AMADURECIA BEM E DERRUBAVA OS HOMENS EMBRIAGADOS

ESSE É A PIRIQUITEIRA, MAIS CONHECIDO COMO CURUMIM QUE É MOÍDO E DEPOIS JOGADO EM CIMA DO BEIJÚ






O CURUMIM DEVE SER COLOCADO VERDE POR CIMA




< 5º PASSO": O CAXIRI PASSA TRÊS DIAS DEITADO E É LEVANTADO NO TERCEIRO DIA NA TARDEZINHA, TORNANDO-SE UMA MASSA MOLE CABELUDA, QUANDO BEMMADURECIDO É BEM DOCINHO PODENDO SER COMIDO SUA MASSA


6º PASSO": O CAXIRÍ É COADO NA PENEIRA E DEPOIS SERVIDO, A BEBIDA É USADA NOS TRABALHOS COMUNITÁRIOS, NAS FESTAS CULTURAIS,E NA FESTA DO NOSSO POVO










O CAXIRÍ PARA OS WAPICHANAS É CHAMADO DE PAJUARÚ, O CAXIRÍ DOS MACUXÍS É COZIDO QUE NÃO FERMENTA POR TANTO NÃO EMBRIAGA....

























COMO SE FAZ A DAMURIDA


PIMENTA MURUPÍ
A  damurida é a tipíca comida dos indios de Roraima, ela pode se feita de várias maneiras e os povos indígenas tem alguns ingredientes diferentes que acrescentam. mas o seu ingrediente principal ;e a pimenta. pode ser feita com malagueta, murupi, olho de peixe, Canaimé e outras. e pode ser damurida de peixe ou de caça dentro de uma velha panela de barro, acompanhada pelas folhas da pimenta, pode ser também acrescentado o Tucupí cozido que dá um sabor a mais na damurida, servida com o beijú feito da massa de mandioca.

DENTRO
RECEITA DA DAMURIDA

UMA PANELA DE BARRO COM ÁGUA
02 KILOS DE PEIXE TRAÍRA
06 PIMENTAS MURUPÍ
FOLHAS DA PIMENTA

COLOQUE A PANELA DE BARRO NO FOGO COM OS PEIXES DENTRO, ÁGUA E S AL A GOSTO E AS FOLHAS DA PIMENTA
DEIXA FERVER E COLOQUE AS PIMENTAS, ELAS DEVEM ESTA INTEIRAS, SE CORTAR PODE FICAR MUITO ARDOSA.
EM SEGUIDA ACRESCENTE O TUCUPÍ.
QUANDO ESTIVER BEM COZIDO SIRVA COM BEIJÚ


A DAMURIDA PODE SER FEITA COM QUALQUER CARNE DE CAÇA

DAMURIDA FEITA

PEIXE TRAÍRA

BEIJÚ DA MASSA DA MANDIOCA






CIR (Conselho Indígena de Roraima) Eleições 2013


Começou em Janeiro de 2013 a disputa para a nova coordenação do CIR (conselho indígena de Roraima), com duas chapas em disputa, a primeira encabeçada pelo atual coordenador o wapichana da Serra da lua Mário Nicasio, e a segunda, pelo vice coordenador o macuxi Ivaldo André da região das serras. a eleição acontece nas comunidades indígenas ligadas ao conselho indígena, e a apuração e a contagem dos votos acontecerá na assembléia dos tuxauas que acontecerá no lago caracaranã de 11 a 15 de Março de 2012. 
o CIR foi fundado na decáda de 70 pelos tuxauas de várias comunidades indígenas de Roraima com o objetivo de lutar pelos direitos dos povos indígenas e pelo direito da terra, pela suas demarcações e suas conquistas, a organização ganhou destaque mundial quando travou sua grande batalha contra os arrozeiros, posseiros, politicoa e o Estado na luta pelas terras da Raposa Serra do Sol. Mas ao longo dos anos a organização enfrentou muitos problemas, administrativos e financeiros e sofreu as consequências dos seus maus administradores e até hoje sofre com a inadimplência e está impossibilitado de receber recursos governamentais, tudo causado pela administração anterior que antecedeu Mário Nicasio e por causa disso a organização perdeu o gerenciamento da saúde indígena em Roraima deixando uma divída de mais de cem mil reais em contas, que foi jogada para as comunidades ligada a ela pagarem, e isso vem acontecendo desde os primeiros administradores que por falta de conhecimento e estudo colocaram a cabeça da organização na forca e o último coordenador acabou de afundar a organização de vez, pagando leis trabalhista para empregado não indio no valor de noventa mil e até mesmo para uma indígena que trabalhou uns anos sem mesmo ter assinado sua carteira e pela sua arrogância em querer discutir através da imprensa com um Senador poderoso de Roraima foi condenado a pagar trinta mil reais por danos morais, o dinheiro deveria ter saído de seu bolso, mas saiu do bolso do CIR. Em 2010  na Assembléia Regional dos tuxauas da serra da lua, quinze tuxauas de comunidades ligadas ao CIR se revoltaram e decidiram se desligar definitivamente da Organização e fundar uma outra para região, pois entenderam que o CIR já não estava mais atendendo as suas necessidades, principalmente em projetos sustentáveis a maior necessidade hoje para as comunidades indígenas, o que as comunidades estavam ganhando era somente divídas para pagarem e os projetos estavam sendo desviados para outros fins que ninguém soube explicar, naquela ocasião lideranças antigas da região que ajudaram a criar o CIR, ficaram revoltados com os novos tuxauas que tomaram essa decisão e tudo fizeram para que a decisão não foi oficializada, inclusi ve segundo eles as atas da reunião foram apagadas do computador devida a uma queda de energia. Mas o Tuxaua Ivônio Solon da comunidade Canauanim foi para a o Jornal Folha de Boa Vista e deu uma entrevista anunciando o Racha com o Cir, mas nada mudou, pois a lideranças antigas do CIR ainda impôem suas autoridades sobre os demais tuxauas e poucos são os que tem coragem de falar perante a a assembléia.  Mário Nica'sio é um jovem wapichana da comunidade indígena Pium, região serra da lua e assumiu o CIR em 2011, ele tem formação superior em administração e durante esse tempo tem lutado muito para tirar a organização do fundo do poço e esse ano tenta sua reeleição com o objetivo de limpar o nome de uma da maiores e respeitada organização de Roraima o CIR (Conselho indígena de Roraima).