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terça-feira, 20 de novembro de 2012

DEPOIMENTO; PIERLANGELA A GUERREIRA WAPICHANA

ESSE ~E O DEPOIMENTO DE UMA DAS MAIS IMPORTANTE LIDERANÇA DOS MOVIMENTOS INDIGENAS DE RORAIMA PIERLANGELA CUNHA.


VISITA DO PRESIDENTE LULA EM MATURUCA RAPOSA SERRAQ DO SOL


DOCUMENTÁRIO: A VITÓRIA DOS NETOS DE MACUNAÍMA RAPOSA SERRA DO SOL RORAIMA


MOHICAN. RITUAL DOS INDIOS DO EQUADOR


ESCOLHA DA WAPICHANA MAIS LINDA DA DAMURIDA 2011A


Esse foi um concurso muito disputado para escolher a Wapichana mais linda da festa da DAMURIDA em 2011, um show de belissímas indias em trsjes indígenas simbolizando a nossa cultura.


GRUPO DE PARICHARA DOS INDIOS WAPICHANAS DA MALACACHETA


Esse é o grupo Indígena da dança do parichara dos indios wapichanas da Malacacheta, esse foi o grupo campeão em 2011 na festa da damurida.

Grupo de Parichara KANAU'WAU na festa da Damurida 2011


o grupo de parichara dos Wapichanas do Canauanim se apresentou na festa da DAMURIDA 2011, na comunidade Indigena Malacacheta região serra da lua, Roraima, cantando a música RURAIMAR.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

CRUVIANA DE NEUBER UCHÔA RORAIMA


Essa é uma música de nosso artista regional que canta as belezas de Roraima. Sou muito fã desse cara.



dança do Parichara com Embaixador da Bélgica


Essa dança aconteceu em 2011 quando o Embaixador da Bélgica veio em Roraima e foi até a comunidade Indígena Canauanim conhecer costumes e tradições do povo wapichana, aproveitou e dançou o parichara com nosso povo.



quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A ILHA DA COBRA GRANDE


 A ILHA DA COBRA GRANDE

Existia um lago lá para o rumo do Bonfim que no meio dela tinha uma pequena ilha, esse lago era misterioso, pois quando era de manhãzinha a ilha amanhecia na beira do lago, meio dia estava no meio e a tardezinha ela estava lá do outro lado. As vezes a ilha desaparecia por completo, aquilo intrigava as pessoas que moravam próximo ao lago, quem morava lá por perto era seu Dionizio Cadete e sua esposa dona Anizia Pereira que tinha um sitio naquela região, eles diziam que aquele lago tinha muito peixe em abundância e nunca secava, os antigos diziam que lá morava uma cobra grande que era o pai do lago e que algumas vezes ja teria sumido alguns pescadores lá, mas nunca ninguém tinha visto a tal cobra.
         Um certo dia dona Anizia foi lavar roupa nesse dito lago e levou consigo seu filho de cinco anos de idade, ela estava em seu período de menstruação e mesmo assim foi até o lago, nesse dia deu um roda moinho que começou do meio do lago e veio vindo em direção a dona anizia e seu filho, ela ficou bastante assustada e foi embora para sua casa. Ao chegar lá seu filho começou a se enrolar todo e ficou revirando os olhos, ele ficou a noite toda dessa maneira e seu pai pegou seu cavalo e foi até a maloca do jabuti atrás de um pajé que lá existia. Quando chegou lá pajé bateu folha e viu em sua vidência que o pai do lago tinha pegado a alma de seu filho, ele disse que era uma cobra grande que estava engolindo ele aos pouco e que quando terminasse de engoli-lo a criança morreria, ele disse que não podia mais fazer nada, pois a cobra já estava terminando de engolir o menino se tivessem ido mais rápido talvez poderia ter salvado. O pajé disse a mulher que ela tinha sido a culpada pelo o acontecido, pois ela teria ido para o lago menstruada e isso deixou o bicho com raiva, a mulher chorou muito mas não havia mais nada a ser feito.






JOAQUIM BONITIN GRANDE PAJÉ WAPICHANA



JOAQUIM BONITIN GRANDE PAJÉ WAPICHANA

Joaquim bonitinho foi um grande pajé wapichana, foi ele quem contou essa história para minha avó Julia solon. Ele era rapaz novo e se casou com uma jovem wapichana, ele era muito apaixonado por ela, porémum certo dia ela   morreu misteriosamente sem explicação, pois não estava doente e isso foi oque mais intrigou ele, ele acha que algum bicho malinou dela e nessa época existia muitos canaimés.  Joaquim se desesperou e desejou que a morte o levasse tambémdecidiu que iria morrer vagando no meio da mata, no alto da serra, ele saiu sem destino e sua sina seria morrer de fome e sede, andou, andou muito no meio de uma serra, queria que alguma onça o comece sua vida não tinha mais sentido algum.
Passaram-se cinco dias e Joaquin bonitin continuou sua caminhada na mata já estava muito fraco e ainda não tinha comido e nem bebido nem se quer uma gota d’água ele então desmaiou na beira de uma grota de onde jorrava bastante água que caía da serra. Naquela hora ele sentiu que tinha chegado sua hora, a morte o esperava sua vista aos poucos ia escurecendo, mas antes de seus olhos se fecharem viu uma pessoa saindo de dentro da água por detrás das quedas d’água, era um homem baixo e barbudo se aproximou dele e ficou observando por alguns minutos, falou algo em palavras que ele não entendeu, o homem pegou uma folha e espremeu um liquído em sua boca ele então apagou de vez. Joaquim acordou no outro dia dentro de uma caverna entre duas pedras grande e pensou que já tinha morrido, mas seu espanto foi grande quando ouviu uma voz vinda de dentro lhe dizendo que ele tinha uma grande missão, pois se ele suportasse seria um grande pajé, caso contrário se fosse fraco com certeza morreria. A voz que falava com ele era de um grande pajé que já tinha morrido que se chamava Zé poeira, o espiríto lhe dizia que estava precisando de uma matéria para incorporar e ajudar outras pessoas que precisavam de ajuda e ele seria um grande pajé se suportasse as provas qe teria que passar.
         A primeira missão de Joaquim bonitin foi matar um beija flor o menor passarinho da mata, aquela seria sua alimentação durante uma semana, ele assim o fez conseguiu matar o beija flor usando uma zarabatana feita de taboca com espinho de jauarí, ele muquinhou o beija flor e comeu uma de suas asas, aquilo lhe deu muita força e foi como se ele tivesse comido o quarto de um boi. A outra missão de Joaquim foi encontrar na mata as cascas dos paus mais amargos fazer um chá e depois toma-los e vomitar nas cachoeiras para tirar todas as impurezas do seu corpo, ele procurou e fez como devia e quase que vomita seu intestino fora, nesse dia ele ficou muito fraco e teve visões além do alcance, viu muitas almas vagando por todo lado, viu a alma dos pajés que não conseguiram subir para o céu suas almas estavam atormentadas e vagavam sem rumo, viu os bichos da mata, matinta pereira, mãe do campo, mapinguarí, e muitos canaimés. Tudo aquilo fazia parte daquele ritual de pajelança, ele ainda teria que lutar com alguns espirítos maus derrota-los e chamar seus xerimbabos os espirítos que seriam seus guias.
         Joaquim bonitin ficou mais ou menos seis meses morando na serra, conhecendo as plantas que usaria como remédio para curar as pessoas ele sempre tinha a orientação de seu guia que o salvou da morte, nunca o viu pessoalmente só em sonhos, mas podia ouvir sua voz. Quando estava preparado saiu da mata e foi curar quem precisasse dele, o pajé inicialmente começou a curar apenas crianças,ele foi um dos grandes pajés que existiu em Roraima sabia fazer remédio pra mulher engravidar e parar de ter filhos desfazia feitiço e matava outros feiticeiros, sabia se cercar para ninguém vê-lo, amarrava espirítos de cobra e outros bichos que morava em lagos e igarapés, matava canaimé e arrancava seus tajãs, ele foi muito perseguido por canaimé e feiticeiros que tentavam a todo custo tirar sua vida. Ele batia folha com peão roxo, sua sessão era semprecom a luz apagada, muitas pessoas vinham de vários lugares atrás da cura para vários tipos de doenças, alguns de seus guias eram os espirítos de alguns pajés entre ele pajé Aleixo fundador da comunidade serra da moça, Zezinho torto que tratava somente de crianças, caboco rôxo que lutava com pessoas com encostoe Zé poeira . Joaquim dizia que só quem podia com ele só Deus, falava para todo mundo que não iria morrer e que ia virar cobra grande e morar num grande lago, alguns antigos queo conheciam disseram que ele desapareceu misteriosamente e nunca souberam se de fato ele morreu mesmo ou cumpriu com sua palavra e virou cobra grande.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

MÚSICAS

Essa música é uma composição minha feita em 2009, e é interpretada por Fernanda Santos, ela foi inspirada na beleza das indias wapichanas da Serra da lua confira a letra e baixe a música fazendo dowload direto do link.

BELEZA SELVAGEM

letra e Música: Ivonio Solon
INTÉRPRETE: Fernanda Santos
VIOLÃO: Gleidson Silva

SOU A BELEZA DO MEU POVO
SOU O ENCANTO DESSA TERRA
SOU A FLOR DE CAIMBÉ
SOU DO POVO WAPICHANA
SOU ENCANTADA NESSA SERRA
SOU ENCANTO DE MULHER

TENHO A PELE MORENA BRONZEADA DE URUCUM
SOU INDIA BONITA DO MURIRÚ
SOU DA SERRA DA LUA SOU ZINABA SOU SUSUI
MEU ENCANTO TEM PUÇANGA TEM FEITIÇO QUE SEDUZ

SOU, SOU A MAIS BONITA INDIA DESSA SERRA
ROUBEI A BELEZA DESSA LINDA LUA
DESSAS CACHOEIRA
SOU BELEZA SELVAGEM SOU A CRUVIANA
TENHO BELAS TRANÇAS COMO A DARRUANA
SOU WAPICHANA (BIS) É SÓ CLICAR NO LINK ABAIXO PARA OUVIR E BAIXAR
http://palcomp3.com/forroduskanaimes/zak-05-beleza-selvagem-acustico/






sábado, 26 de maio de 2012

O MENINO QUE VIROU TATU (Literatura Indígena)



      havia uma família de indios que moravam no meio da mata geral, um homem, uma mulher e duas crianças, uma de sete anos e a outra de apenas tres anos de idade. a família sobrevivia da caça e pesca e de frutas silvestres coletadas nas matas. um certo dia o homem saiu para pescar ele e seu filho mais velho de sete anos, pegou sua darruana, seu arco e flecha e saiu para pescar em rio que ficava a uns dez quilometros de sua casa, a mulher gicou em casa com seu filho caçula, ela resolveu então ir até um pé de cajuí ajuntar alguns frutos que caíam do pé e levou consigo seu filho ela resolveu então subir lá no alto para balançar o pé, seu filho ficou embaixo esperando por sua mãe, a mulher ficou lá em cima e por alguns instantes distraiu-se e quando desceu teve uma grande surpresa, não encontrou mais seu filho, procurou chamou, gritou mas não conseguiu achar nada ela começoua chorar e se deseperou saiu ao encontro do marido e narrou o que tinha acontecido.
      o marido também ficou deseperado e saiu em busca do menino, procurou e varou a noite, mas não conseguiu achar nada. todos os dias ele procurou por seu filho, os meses se passavam e nada de encontrar o menino perdido. um dia um caçador disse ao homem ter visto um grande tatu canastro carregando em cima de seu casco um menino, e mais uma vez o indio saiu a procura de seu filho, mas nunca viu o tal tatu. outro caçador disse ter visto o mesmo tatu canastra com o mesmo menino em cima dele, disse que ele estava peludo no peito as orelhas estavam pontudas e sua unha estava grande.
      já se passavam quase seis meses e o indio saiu para caçar fez uma espera e saiu, para sua surpresa ele avistou o tatu canastra com o menino, seu peito era peludo, orelhas pontudas, unhas grandes e um pequeno casco nas costas, mas o seu rosto era de uma criança e provavelmente era seu filho, ele matou o tatu canastra e pegou o pequeno tatu e levou para casa para mostrsr a sua mulher, quando chegou lá tirou de dentro do saco0 o pequeno tatu e mostrou a mulher, mas ele era apenas um filhote de tatu canastra normal, não tinha mais nenhuma semelhança humana e ja estava morto e a mulher não acreditou que aquele era seu filho, o homem então deixou o pequeno tatu perto da mata, a tardezinha voltou no mesmo lugar para ver o que tinha acontecido com o tatu e ele tinha desaparecido, os antigos acreditavam que não podia deixar crianças só em casa principalmente quando estavam na mata que o Tatu canastra carregava as crianças e depois elas se transformavam em tatu.




O GRANDE MATÁ-MATÁ

Existiu um Wapichana na Comunidade Canauanim por nome AugustinhoSolon, um certo dia ele saiu para pescar junto com seu filho Lourival, que na época tinha dez anos de idade. Eles saíram para pescar em um rio distante da comunidade, o rio tinha muitos peixes e também muitas caças, quando lá chegaram ele foi até um poço muito grande e viu muitos peixes enquanto pediu para seu filho fazer o fogo para assar peixes para o almoço.
            Alguns pescadores e caçadores falavam que o rio era mistérioso, pois ninguém podia lavar prato com resto de comidas, nem lavar caça, e nem tratar peixe em suas águas que lá morava um bicho que era o pai do rio, quando ele ficava bravo um estrondo se ouvia dentro do rio e um grande temporal surgia e partia para cima de quem o desafiasse,
            Augustinho chegou no poço e começou a flechar algumas matrinchãs, e depois resolveu jogar sua tarrafa, deu a primeira laçada e muitos peixes vieram, ele encheu sua darruana e logo depois deu a segunda laçada, mas sentiu alguma coisa se mexendo, viu as águas borbulhando e tomou um grande susto quando la naquele poço surgiu um grande mat;a-matá, ele era muito grande e era do tamanho do poço. Augustinho ficou muito espantado, pois nunca tinha visto um bicho daquele tamanho, ele começou a fazer sua oração e o bicho não fez nada com ele.
            Um paje bateu folha um dia e disse que o grande mata-mata era mesmo o pai do rio, mas ele o expulsou de la e o bicho cavou um tunel por baixo da terra e foi morar la no lago do cariri la para o lado da colônia São Francisco, ninguém nunca conseguiu mais ver esse bicho e por isso esse rio ficou conhecido como mata-mata e muitos mata-matas pequenos surgiram por la.

A ILHA DA COBRA GRANDE

Existia um lago lá para o rumo do Bonfim que no meio dela tinha uma pequena ilha, esse lago era misterioso, pois quando era de manhãzinha a ilha amanhecia na beira do lago, meio dia estava no meio e a tardezinha ela estava lá do outro lado. As vezes a ilha desaparecia por completo, aquilo intrigava as pessoas que moravam próximo ao lago, quem morava lá por perto era seu Dionizio Cadete e sua esposa dona Anizia Pereira que tinha um sitio naquela região, eles diziam que aquele lago tinha muito peixe em abundância e nunca secava, os antigos diziam que lá morava uma cobra grande que era o pai do lago e que algumas vezes ja teria sumido alguns pescadores lá, mas nunca ninguém tinha visto a tal cobra.
         Um certo dia dona Anizia foi lavar roupa nesse dito lago e levou consigo seu filho de cinco anos de idade, ela estava em seu período de menstruação e mesmo assim foi até o lago, nesse dia deu um roda moinho que começou do meio do lago e veio vindo em direção a dona anizia e seu filho, ela ficou bastante assustada e foi embora para sua casa. Ao chegar lá seu filho começou a se enrolar todo e ficou revirando os olhos, ele ficou a noite toda dessa maneira e seu pai pegou seu cavalo e foi até a maloca do jabuti atrás de um pajé que lá existia. Quando chegou lá pajé bateu folha e viu em sua vidência que o pai do lago tinha pegado a alma de seu filho, ele disse que era uma cobra grande que estava engolindo ele aos pouco e que quando terminasse de engoli-lo a criança morreria, ele disse que não podia mais fazer nada, pois a cobra já estava terminando de engolir o menino se tivessem ido mais rápido talvez poderia ter salvado. O pajé disse a mulher que ela tinha sido a culpada pelo o acontecido, pois ela teria ido para o lago menstruada e isso deixou o bicho com raiva, a mulher chorou muito mas não havia mais nada a ser feito.

 PAJÉ JOAQUIM BONITIM PAJÉ WAPICHANA

Joaquim bonitinho foi um grande pajé wapichana, foi ele quem contou essa história para minha avó Julia solon. Ele era rapaz novo e se casou com uma jovem wapichana, ele era muito apaixonado por ela, porémum certo dia ela   morreu misteriosamente sem explicação, pois não estava doente e isso foi oque mais intrigou ele, ele acha que algum bicho malinou dela e nessa época existia muitos canaimés.  Joaquim se desesperou e desejou que a morte o levasse tambémdecidiu que iria morrer vagando no meio da mata, no alto da serra, ele saiu sem destino e sua sina seria morrer de fome e sede, andou, andou muito no meio de uma serra, queria que alguma onça o comece sua vida não tinha mais sentido algum.
Passaram-se cinco dias e Joaquin bonitin continuou sua caminhada na mata já estava muito fraco e ainda não tinha comido e nem bebido nem se quer uma gota d’água ele então desmaiou na beira de uma grota de onde jorrava bastante água que caía da serra. Naquela hora ele sentiu que tinha chegado sua hora, a morte o esperava sua vista aos poucos ia escurecendo, mas antes de seus olhos se fecharem viu uma pessoa saindo de dentro da água por detrás das quedas d’água, era um homem baixo e barbudo se aproximou dele e ficou observando por alguns minutos, falou algo em palavras que ele não entendeu, o homem pegou uma folha e espremeu um liquído em sua boca ele então apagou de vez. Joaquim acordou no outro dia dentro de uma caverna entre duas pedras grande e pensou que já tinha morrido, mas seu espanto foi grande quando ouviu uma voz vinda de dentro lhe dizendo que ele tinha uma grande missão, pois se ele suportasse seria um grande pajé, caso contrário se fosse fraco com certeza morreria. A voz que falava com ele era de um grande pajé que já tinha morrido que se chamava Zé poeira, o espiríto lhe dizia que estava precisando de uma matéria para incorporar e ajudar outras pessoas que precisavam de ajuda e ele seria um grande pajé se suportasse as provas qe teria que passar.
         A primeira missão de Joaquim bonitin foi matar um beija flor o menor passarinho da mata, aquela seria sua alimentação durante uma semana, ele assim o fez conseguiu matar o beija flor usando uma zarabatana feita de taboca com espinho de jauarí, ele muquinhou o beija flor e comeu uma de suas asas, aquilo lhe deu muita força e foi como se ele tivesse comido o quarto de um boi. A outra missão de Joaquim foi encontrar na mata as cascas dos paus mais amargos fazer um chá e depois toma-los e vomitar nas cachoeiras para tirar todas as impurezas do seu corpo, ele procurou e fez como devia e quase que vomita seu intestino fora, nesse dia ele ficou muito fraco e teve visões além do alcance, viu muitas almas vagando por todo lado, viu a alma dos pajés que não conseguiram subir para o céu suas almas estavam atormentadas e vagavam sem rumo, viu os bichos da mata, matinta pereira, mãe do campo, mapinguarí, e muitos canaimés. Tudo aquilo fazia parte daquele ritual de pajelança, ele ainda teria que lutar com alguns espirítos maus derrota-los e chamar seus xerimbabos os espirítos que seriam seus guias.
         Joaquim bonitin ficou mais ou menos seis meses morando na serra, conhecendo as plantas que usaria como remédio para curar as pessoas ele sempre tinha a orientação de seu guia que o salvou da morte, nunca o viu pessoalmente só em sonhos, mas podia ouvir sua voz. Quando estava preparado saiu da mata e foi curar quem precisasse dele, o pajé inicialmente começou a curar apenas crianças,ele foi um dos grandes pajés que existiu em Roraima sabia fazer remédio pra mulher engravidar e parar de ter filhos desfazia feitiço e matava outros feiticeiros, sabia se cercar para ninguém vê-lo, amarrava espirítos de cobra e outros bichos que morava em lagos e igarapés, matava canaimé e arrancava seus tajãs, ele foi muito perseguido por canaimé e feiticeiros que tentavam a todo custo tirar sua vida. Ele batia folha com peão roxo, sua sessão era semprecom a luz apagada, muitas pessoas vinham de vários lugares atrás da cura para vários tipos de doenças, alguns de seus guias eram os espirítos de alguns pajés entre ele pajé Aleixo fundador da comunidade serra da moça, Zezinho torto que tratava somente de crianças, caboco rôxo que lutava com pessoas com encostoe Zé poeira . Joaquim dizia que só quem podia com ele só Deus, falava para todo mundo que não iria morrer e que ia virar cobra grande e morar num grande lago, alguns antigos queo conheciam disseram que ele desapareceu misteriosamente e nunca souberam se de fato ele morreu mesmo ou cumpriu com sua palavra e virou cobra grande.
   
TAMAXI O CANAIMÉ DA MALOCA JACAMIM

Nos contaram os antigos que existiu um homem que morava na maloca do Jacamim, região serra da lua, município de Bonfim, fronteira com a Guiana Inglesa. Seu nome era Tamaxi descendente dos wapixana da Guiana. Desde de sua chegada na maloca as pessoas começaram a morrer misteriosamente, principalmente crianças. Aquele homem era estranho aparentava ter uns quarenta e poucos anos, não tinha família e morava sozinho, não se misturava com as pessoas da comunidade, mas era trabalhador e colocava grande quantidade de roça, ao dia estava sempre com cara de sono parecia que vivia a noite acordado.
                Com o passar do tempo as pessoas começaram a morrer quase que diariamente e sempre do mesmo jeito, febre alta e delírio morte típica de canaimé, e a notícia veio da Guiana que Tamaxi era Canaimé dos mais perigosos, e por lá já havia matado centenas de parentes e sua vida era de fugitivo, pois lá todos sabiam que ele era Canaimé.
                Um certo dia ele atacou uma moça filha do Tuxaua e naquele dia a revolta foi grande as pessoas se armaram com flechas, espingardas e terçados e foram ao encontro de Tamaxi, e o encontraram trabalhando em sua roça, perguntaram a ele se ele era Canaimé, e ele respondeu que não, os parentes então o amarraram e começaram a espancá-lo para que ele confessasse a verdade, mas ele continuava a negar, os parentes fizeram então uma grande fogueira e disseram que iriam jogá-lo Vivo dentro dela, e ele começou a confessar que era mesmo Canaimé. Os parentes pediram para que ele mostrasse onde estavam suas plantas TAJÀ que ele possuía e mandaram que ele próprio arrancasse e jogasse no fogo, a tortura continuou até que ele confessasse quantas pessoas ele tinha matado dentro da maloca, e ele confessou um a um, inclusive a filha do Tuxaua, os parentes dela revoltados e furiosos cortaram os pés de Tamaxi e jogaram no fogo, depois as pernas, as mãos, os braços, os troncos e por último a cabeça.

                Quem confirmou essa história foi o Senhor Oswaldo que morava no Jacamim na época do acontecido ele confirmou que também participou do assassinato do Canaimé conhecido por Tamaxi, segundo ele eles fizeram isso para que outras pessoas não morressem, depois de algum tempo nasceram muitos tajás no lugar onde Tamaxi foi queimado vivo.








terça-feira, 17 de abril de 2012

XIX ASSEMBLÉIA DA OPIRR NO LAGO CARACARANÃ ABRIL DE 2012

A XIX Assembléia dos Professores Indígenas de Roraima OPIRR Aconteceu no Centro Regional do Lago Caracaranã nos dias 08, 09, 10, 11 e 12 de Abril de 2012. a Assembléia reuniu mais de 1.800 pessoas entre professores, tuxauas, alunos e outras lideranças presentes. a OPIRR é representada hoje pelo Professor Telmo da região do baixo Cotingo. entre as pautas da reunião estavam a discussão do Etno desenvolvimento social, econômico e politico educacional. a Categoria também reivindica melhorias de trabalhos para as escolas Indígenas de todas as regiões, principalmente na publicação de materiais pedagógicos confecionados por alunos e professores das escolas indígenas, e também na questão dos projeto politico pedagógico das escolas que não estão sendo aprovados pelo conselho Estadual de Educação, pela falta de agente de apoio como merendeiras, serviços gerais e outros que não são contratos pelo Governo do Estado.
A Secretária Estadual de  Educação LENIR ROGRIGUES esteve no eevento no dia 10 de Abril terça-feira para ouvir as reivindicações dos profesores indígenas e em alguns momentos de seu discurso foi Vaiada na assembléia por defender o Governo ANCHIETA JUNIOR, dizendo que é o melhor governo dos últimos tempos, a Secretária se irritou e chamou a atenção dos professores dizendo que aquilo não era papel de educadores. ela falou ainda das progressões que o Governo deve para alguns professores do Estado e comunicou que no próximo ano o Governo promete fazer concurso público para todos os níveis da Educação de Roraima, os professores diante do descaso do Governo Estadual acordaram nessa assembléia que nos dias 20 e 21 de Maio de 2012 irão paralisar suas atividades em todas as escolas indígenas de Roraima e virão para frente do Palácio do Governo fazer um protesto contra o descaso pelo qual trata a educação escolar indígena no Estado de Roraima. participaram ainda do evento FUNAI, IBAMA, MEC, MPE, MPF, UNIVIRR, SECD, SECRETARIA DE ESTADO DO INDIO E OUTRAS. Em seu discurso na Assembléia o Secretario de Estado do Indio Hipérion de Oliveira disse que o Governo do Estado disse que para melhorar o evento de algumas organizações incluindo a OPIRR, o Governo do Estado deve fazer um repasse de cinquenta mul reais para cada organização e para valorizar e fortalecer a cultura indígena irá promover esse ano o Primeiro Festival de Cultura indígena de Roraima que será realizado nos dias 20, 21 e 22 de Setembro de 1012 na Comunidade Indígena de Malacacheta, região serra da Lua, Município de Cantá, vamos ver se depois dessa assembléia mude alguma coisa ne nossa Educação.
VEJA AQUI AS MELHORES FOTOS DO EVENTO, MUITA ÁGUA, BELAS PAISAGENS, PARICHARA, MÚSICA, DANÇA SOBRE OS OLHOS DESSE BELO LAGO CARACARANÃ.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

OS KANAIME DO FORRÓ NO JORNAL FOLHA DE BOA VISTA

FORRÓ REGIONAL
BANDA RETRATA CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS
Data: 25/02/2012

Fonte: a A A A
Foto:  

Indígenas Wapichanas tocam o melhor do forró regional
EVILENE PAIXÃO

De acordo com as tradições dos povos indígenas em Roraima a figura do Canaimé significa um espírito mau que vive na floresta e se algum membro de uma tribo desobedecer às suas leis, o espírito é chamado para castigar o infrator com a morte. Mas, para contrapor essa tradição, indígenas da etnia Wapichana, da região do Canauanim, município do Cantá, resolveram criar uma banda musical justamente com o nome “Os Kanaimé do Forró”.

Não é uma banda que reproduz os maiores sucessos dos forrozeiros do Brasil, pois existe um grande diferencial, as letras são todas autorais, produzidas pelo indígena Ivonio Solon Wapichana. “Nas letras eu tento repassar um pouco da nossa cultura e lutas”, destacou.

Segundo Solon, a Banda foi constituída em 2009 na 38ª Assembleia Geral dos Tuxauas, realizada na região do Surumu, Raposa Serra do Sol. Em toda Assembleia a coordenação do Conselho Indígena de Roraima (Cir) convida grupos indígenas para apresentação nos momentos culturais do evento. “Nessa época eu era Tuxaua em Canauanim, como já sou músico, resolvi convidar outras pessoas para compor a banda. Então formamos Os Kanaimé do Forró”, lembrou.


Músicas são de autoria do professor Ivonio Solon

O indígena, além de ser tecladista também é professor, formando em pedagogia, e ao constituir a Banda começou a compor as letras das músicas. Solon disse que a principal identidade do grupo é levar canções que fortaleçam a cultura e lutas dos povos indígenas. “Os kanaimé do Forró cantam letras regionais retratando a cultura indígena. Tocamos xote, forró e outros estilos”.


Grupo se apresenta em diversas comunidades indígenas do Estado


Lançamento do Cd

O grupo lançará em abril deste ano, na Assembleia Geral dos Professores Indígenas de Roraima, a ser realizada no Centro Cultural Lago Caracaranã, Município de Normandia, o primeiro CD, composto por 12 faixas, que abordam as belezas de Roraima e da cultura indígena. “Nosso CD está no forno, prontinho para ser lançado”, disse Solon.

O grupo realiza diversas apresentações nas comunidades indígenas aqui no Estado. No próximo dia 29 de fevereiro a Banda se apresentará no Instituto Insikiran, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), na finalização do semestre dos acadêmicos da Licenciatura Intercultural. “Lá estaremos sorteando CD’s e camisas dos Kanaimés e tocando muito forró”.

Para quem desejar conhecer mais sobre o grupo basta acessá-los do facebook “Os Kanaimé do Forró” ou ligar 9146-1930.

Confira uma letra da Banda. Composição de Ivonio Solon:

Beleza Selvagem

Sou a beleza do meu povo
Sou o encanto dessa serra
Sou a flor de caimbé
Eu sou do povo wapixana
Sou encantada nessa serra
Sou encanto de mulher

Tenho a pele morena bronzeada de urucum
Sou índia bonita do murirú
Sou da serra da lua sou zinaba sou susui
Meu encanto tem puçanga tem feitiço que seduz

Sou, sou a mais bonita índia dessa serra
Roubei a beleza dessa linda lua, dessas cachoeiras
Sou beleza selvagem, sou a cruviana
Tenho belas tranças como a darruana
Sou wapixana
.: Publicidades :.




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