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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

MANIFESTAÇÃO DE PROFESSORES INDIGENAS DO ESTADO DE RORAIMA 2015

A manifestação de professores indígenas de Roraima iniciou no dia 10 de Agosto de 2015 e finalizou no dia 16 de Setembro de 2015. Os professores reivindicavam do Governo Estadual Melhorias para as escolas indígenas como Estrutura das escolas, Merenda de qualidade, Materiais didáticos, contratação de pessoal de apoio como: serviços gerais, secretário escolar, vigias, assistente de aluno etc. Concurso público específico e diferenciado, Ampa
ro na Lei 892 de Planos de Cargos e salários, e Aprovação e inclusão da modalidade indígena no Plano Estadual de Educação que o Governo retirou, além da saída imediata da Secretária de Educação Selma Mulinari que nunca atendeu as reivindicações da classe dos professores e nunca manteve dialógo com OPIRR, Organização dos Professores Indígenas de Roraima.
Foram dias de muita luta, todas as escolas indígenas de Roraima paralisaram suas atividades e se juntaram com o SINTER, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rortaima, na praça do centro civícoque ja estavam também reivindicando as mesmas pautas. Vieram indígenas de várias regiões com seus professores, alunos, tuxauas, grupo de animação, de parixara. Todos os dias faziam protestos em frente ao Palácio do governo, na Assembléia legislativa, em frente ao Ministério Público do Esstado, em frente a Secretaria de Educação e outros órgãos competentes, dançando, cantando e gritando palavras de ordens.
Foram exatamente 36 dias de Manifestação contra um Governo Autoritário que não mostrava sensibilidade e sim muita arrogância, foi criada uma comissão para que fosse estudados meios para tentar um diálogo com governo e muita articulação politica foi colocada no meio das negociações. O plano de Educação Estadual foi aprovada pelos Deputados e a contra gosto a Governadora assinou o Plano e com conversas e artimanhas acabou por convencer lideranças a chamarem seus professores para o retorno as salas de aula, ela só na lábia diante dos tuxauas assinou um documento sem nenhum valor jurídico e prometeu quer algumas reivindicações iriam ser atendidas de imediatos e outras a longo prazo. Os tuxauas e a comissão formada acreditaram em sua palavra, porém prometeram que em 15 dias se não fossem atendidos iriam retornar a praça do centro civíco com mais indios e mais lideranças, a região das serras foi a primeira a aceitar e retirou todos o seu povo, outras regiões também seguiram acreditando que a governadora atenderia os pedidos. A região Serra da Lua foi a única a se rebelar e a maiorias dos professores e suas lideranças afirmaram que continuariam ali na praça até que as reivindicações principais fosse atendidas, principalmente a contratação de pessoal de apoio, a região foi criticada e hostilizada por outras lideranças que não concordavam com a permanência da Serra da Lua na praça, principalmente pelo CIRR, que ameaçou os professores de serem penalizados por não voltarem às sala de aula, como abandono de emprego, O SINTER foi solidário com a região e tranquilizou a todos oferecendo atendimento jurídico, a Serra da lua ficou duas semanas ainda na praça depois que o pessoal de apoio assinou o contrato.
     Depois que se passaram mais de 20 dias a Governadora não atendeu as reivindicações principais e as regiões que não foram atendidas se articulava para retornar a praça como tinham dito, foi no mesmo dia que o SINTER, saía da praça depois de negociar com o Governo, e as lideranças das serras e outras regiões se concentraram no CENTRO MAKUNAIMA, na BR 174, fecharam a estrada que dá acesso ao município de Pacaraima, sentido Venezuela e impediram a passagem de veículos e pessoas, Lideranças do Amajarí fecharam também a BR que da acesso a vila brasil e ao ponto turístico Tepequém, e ainda pediram que as lideranças da serra da Lua fechassem a BR 401 próximo a comunidade do Jabuti, e que fosse fechado a BR que dá acesso ao municícpio de Cantá, que não foi aceito pelas lideranças da região, o fato aconteceu no inicio do mês de Novembro de 2015, os manifestantes exigiam a presença da governadora no Malocão Macunaíma, ela se deslocou até o Centro e conversou com as lideranças, porém não chegaram a nenhum acordo, por outro lado os tuxauas disseram que ela teria que atender as reivindicações no prazo de Dez dias, caso contrário cortariam a estrada dentro das suas terras ai não passaria mais ninguém, em um protesto mais radical um tuxaua com uma chave na mão ameaçou derrubar as torres de energia da Linha de Transmissão de Guri.. Como Intimato a Justiça de Roraima proibiu as lideranças de fecharem novamente a BR, sob pena de multa diária de Cinco Mil reais por hora caso volte a acontecer, até hoje os indígenas ainda continuam la no centro macunaíma decidindo que decisão vão tomar.

MOMENTOS DA MANIFESTAÇÃO




























INDIO TAUREPANG


Imagem de internet

MORRE NATALINA MESSIAS MACUXI - A EDUCADORA INDÍGENA



Natalina Messias Macuxi, nasceu na região do Surumú, era do povo macuxi e foi uma das primeiras professoras que lutou incansavelmente pelas causas da Educação Escolar Indígena em Roraima, toda a sua vida foi dedicada a essa causa, ela Assumiu em Roraima o comando da DIEI - DIVISÃO DE EDUCAÇÃO INDÍGENA de Roraima e ao longo do comando reivindicou junto aos órgãos competente melhorias para a educação escola indígena, na qual defendia a Educação Especifíca e diferenciada para os povos indígenas. e o fortalecimento da língua e da cultura e foi uma das lideranças que lutou para que fosse criada uma Faculdade que atendesse os anseios do povo indígena,  que foi criada em 2003 pela Universidade Federal em Roraima UFRR, seu maior sonho era ver os próprios filhos das comunidades formados para que nela pudessem retornar e ajudar seu Povo, sonho esse que ela viu se realizar. Defensora do fortalecimento da língua indígena Natalina sempre cantava em sua língua materna em todas as reuniões que participava, e seu canto se tornou inesquecível no canto XIJÓ na língua macuxi imortalizou essa liderança de muita garra e determinação, Nataliana Faleceu no dia 25 de Outubro de 2015 deixando a classe de professores Indígenas em Luto!

BELEZA DAS INDIAS TIKUNA



















Imagens de FACCEBOOK

DESFILE DAS INDIAS MAIS LINDAS NOS JOGOS MUNIDIAIS INDÍGENA 2015 EM PALMAS TOCANTINS



















FONTE: IMAGENS DA INTERNET














sábado, 29 de agosto de 2015

Greve de Professores Indígenas Paralisaram todas as escolas Indígenas de Roraima em Agosto de 2015






Profesores indígenas da rede Estadual de Educação Paralisaram suas atividades no dia 11 de Agosto de 20015, a principio vieram participar da macha dos povos indígenas realizado todos os anos pelo Conselho Indígena de Roraima CIRR, Porém toda categoria filiada a (OPIRR) Organização dos Professores Indígenas de Roraima mobilizaram toda a categoria para fazer uma greve geral por tempo indeterminado, uma vez que a Secretaria de Educação retirou o texto Original do Plano Estadual de Educação que contemplava a Modalidade Educação Indígena, além de pedir Concurso público Especifíco e diferenciado para professores indígenas, e materiais básicos e didático, merenda para todas as escolas, os professores elaboraram 50 itens de reivindicações para o Governo do Estado e ainda exigiram a saída imediata da Secretária SELMA MULINARI, irmã da governadora. A governadora Suely Campos recebeu por três vezes as lideranças indígenas no Palácio do governo, mas as negociações não chegaram a nenhum acordo, pois Suely não abre mão de sua irmã na Secretaria de Educação, ou seja, não irá exonerá-la. O desembargador Mauro Campelo decretou que a greve dos Professores é ilegal, e pediu que os salários dos professores grevistas seja descontados, Fontes seguras dizem que esse desembargador tem ligações fortes com o Governo de Suely, uma vez que sua esposa é cargo comissionado da CER (Compania de Energia de Roraima), chegando a ganhar mais de 10 mil reais por mês.
Todas as Escolas indígenas estão paralisadas, e todos os povos indígenas de Roraima estão reunidos desde o dia 11 de Agosto na praça do centro civíco com suas caravanas, com professores, alunos, tuxauas e outras lideranças, cono os povos Macuxi, Wapixana, taurapang, Waiwai, Ingaricó, yanomami. Os indígenas protestam todos os dias em frente ao Palácio do governo, na Assembléia legislativa, no tribunal de Contas do Estado, e principalmente em frente a Secretaria de Educação, que ao saber do protesto a Secretaria manda fechar os portões da SEED, Com cadeados e correntes, e um grande aparato de policiais cicis e militares, cães etc. O clima não esta nada bem, as negociações não avançaram e as conversas não chegaram a nenhum lugar. Senadores de Roraima ja interviram, mas estão querendo convencer os indígenas a voltarem para as comunidades para que a governadora atenda aos pedidos, a estratégia do governo é que com a intervenção da Senadora do PT, Angela Portela, convença os lideres indígenas filiados ao PT a convencer outros lideres a retroceder e aceitar as propostas do governo retornado para as suas bases dando fim a greve. estratégia essa que não atingiu seus objetivos, pois os professores que não tem partidos não aceitam intervenção politica no movimento Indígena. A greve vai continuar por tempo indeterminado, no último discurso de lideranças na última quinta depois que sairam do palácio, lideranças do movimento endureceram o discusso "se ela diz que não esta brincando de ser governadora, nós também não estamos brincando de ser professores"(...)
" Essa praça agora é nossa, ficaremos aqui até quando nossos direitos forem respeitados e valorizados". "Ficaremos em greve por tempo indeterminado nem que nossos salário forem cortados, nem que o ano letivo seja comprometido".
A governadora disse aos professores indígenas no último encontro que o Assunto da exoneração da Secretária Selma, sua irmã estava encerrada e não queria nem que tocasse mais no assunto, e os lideres relataram que ela com sua arrogância e prepotência batia o tempo todo na mesa com o ar de superioridade tentando intimidar os Indígenas. Essa novela está longe de acabar, pois a governadora não aceita exonerar sua irmã, uma vez que ela é a mentora intelectual do seu governo.
Nas Campanhas de 2014,  a Governadora nunca pisou pelas comunidades indígenas, seu marido o ex governador Neudo Campos era que fazia o papel de pedinte, prometendo mundos e fundos, inclusive no segundo turno Neudo e Telmário Mota Prometeram remuneração para todos os tuxauas das comunidades indígenas, e essa governadora ta aí no poder com a maioria dos votos das comunidades indígenas, e o troco agora é esse, perseguição, humilhação, arrogância, prepotência. nada como um dia após o outro, esse governo acabou de dar um tiro na Própria cabeça com as comunidades indígenas. quatro anos passa rapidinho..